terça-feira, 17 de abril de 2012
A fama tem sempre um preço
As pessoas têm de perceber de uma vez por todas que a fama tem um preço. Era bom que fossem só coisas boas. Eu percebi isso perfeitamente há cerca de dois anos. Expunha-me mais no blogue. O blogue era cada vez mais conhecido, e se eu tivesse aproveitado algumas oportunidades que surgiram na altura, talvez hoje estivesse a lucrar imenso com ele (o que numa altura de crise me dava imenso jeito, confesso). Acontece que, da mesma forma que aumentava o sucesso do blogue, também os problemas à volta dele aumentavam, e surgiam de todos os lados. Tive de fazer uma escolha. Escolhi, sem hesitar, a minha tranquilidade. A minha paz de espírito. O meu anonimato. Por isso, deixei de pôr fotos pessoais de tudo e mais alguma coisa (não é que nessa altura pusesse muitas, mas punha algumas). Deixei de expor tanto a minha vida (não é que a expusesse muito, mas passei ainda a ser mais cuidadosa). Deixei de permitir comentários anónimos no blogue (acreditem, é remédio santo). E por aí fora. O número de visitas desceu. O número de comentários diminuiu. Mas a minha paz aumentou. E descobri que se há coisa da qual fujo a sete pés é da fama. Não quero ser famosa. Não quero ver a minha vida e a dos meus discutida e criticada pela Maria das Dores ou pelo Manuel Joaquim. Não quero que toda a gente saiba quem é o meu marido. Não quero tornar a minha filha numa estrela, expondo-a até à exaustão, mesmo que ela seja (e é mesmo) a menina mais gira do mundo. Porque há sempre pessoas, os tais anónimos, que não vão gostar de nós e que vão fazer tudo (e tudo é mesmo tudo) para nos lixar a vida. E quanto mais informação nossa e dos nossos essas pessoas tiverem, pior é.