segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ainda há príncipes e princesas # 2


Abigail Breslin em "Little Miss Sunshine"

Todos sabemos que quando uma criança está prestes a ter um irmão, fica receosa. Tem receio de deixar de ser o centro das atenções, tem receio que os pais deixem de gostar delas, tem receio de uma infinidade de coisas que naquelas cabecinhas começam a surgir. Desde que dou aulas, já assisti a tudo. A crianças que encararam muito bem o nascimento de um irmão e a crianças que, de repente, passaram por uma crise e alteraram o seu comportamento, tendo reacções completamente desajustadas dos padrões normais para aquela idade. O Miguel foi um desses.

Personagens:
Eu
Miguel


Acção:
Eu - Então Miguel está quase a nascer a Clarinha. Que bom! - Mas o Miguel nem reage.

Eu - Então não estás contente? Vais ter com quem brincar, já viste que bom que vai ser!

Miguel (muito sério) - Não. Quando ela nascer eu mato-a.


E não, ele não estava a brincar. Aliás, esta história marcou-me tanto que, passados onze anos de ter acontecido, ainda me lembro dela como se fosse hoje.

26 comentários:

Anônimo disse...

E matou mesmo? =O

S* disse...

Credo.

Ai e tal as crianças não têm maldade... claro!

Rita disse...

o meu irmao mais velho, qd eu e o meu irmao gemeo nascemos, pegou nas alcofas para nos atirar pela janela :) medo!! lol HOJE SOMOS TDS INSEPARAVEIS :)

Fuschia disse...

Oh..que horror..

Anônimo disse...

Já vi muitos irmãos dizerem isso. Depois, quando o bebé nasce, costuma passar... é claro que há sempre ciumes entre irmãos, mas acho que é normal. Quando crescemos isso passa.
beijinhos
shymay

Claudia Oliveira disse...

Arrepiei-me. Ele matou-a?

Vanessa Souza disse...

Esse filme é de um lirismo...

Sara. disse...

Bem, eu tenho um primo que se virou pra barriga da tia e disse: "Dorme Inês, o papá está morto."

Cate disse...

Uuui, medo! Falaste com os pais da criança?

Anônimo disse...

Diga-me que o final não foi para além de uma zanga valente com a irmã e os pais. Ou passou das palavras ao acto? Nem quero pensar.

Um beijinho

Helena

Anônimo disse...

Olá, muito boa tarde. Comento hoje porque este post me faz lembrar de mim própria há 28 anos atrás, quando nasceu a minha irmã: que não queria, que a ter um bebé lá em casa, ao menos que fosse rapaz, que não ia partilhar brinquedos, e que a mataria (explicando pormenorizadamente como o iria fazer... sei que tinha que ver com afogamento na sanita ou, em alternativa, lançamento da miúda pela janela das traseiras). Os pais assustaram-se, a criança nunca foi esquecida no berço com a grade em baixo. Durou mais ou menos 2 meses. Até que um dia, parece que eu estava deitada na cama dos pais a olhar para o berço, e a criança sorriu. Aquilo deve ter mexido cmigo, que ao que parece me apressei a dizer à mãe que já gostava da bébé porque ela se tinha rido para mim. Com isto quero apenas dizer que sim, as crianças sofrem com o nascimento de irmãos, mas na generalidade das situações, passa rapidamente. Mesmo no caso dos que expressam de forma tão assustadora o que lhes vai na alma.

Continuação de bom ano e de bons posts.

Sofia

_+*Ælitis*+_ disse...

"não, ele não estava a brincar"... :( que aconteceu em seguida, Kitty Fane?

A Elite

Precis Almana disse...

Mas aconteceu efectivamente alguma coisa?
E sim, soube de crianças que oscilam entre o amor e o ódio dos irmãos...

Microondas disse...

sem desprimor, e sabendo que a idade desculpa muita coisa (e não sabendo a do miguel) isso é comentário de atrasado mental.

Quanto aos ciúmes essa é a principal razão pela qual nunca concordei com a teoria de que se devem ter as crianças com proximidade de idades. Eu fui irmão mais velho aos 7 anos e nunca senti outra coisa que não fosse um enorme entusiasmo e vontade em ser irmão, porventura o facto de ser uma menina ajudou bastante, mas nunca tive ciúmes, ajudei imenso a minha mãe e fui inclusive o primeiro da família a pegar nela ao colo, de tanta "pica" que tinha com o acontecimento e com a criatura. A partir daí foi um mimo a vida inteira, pelo que hoje defendo exactamente o contrário: ter irmãos lá para os 5,6 anos só faz bem a quem os tem e aos pais, que contam com maior ajuda e menor ciúme imbecil que por vezes as crianças mimadas apresentam.

I. disse...

A minha sobrinha, quando nasceu o irmão a seguir (do meio), um dia desatou aos gritos que ia agarrar numa tesoura, cortá-lo aos bocadinhos e enfiar e estes bocadinhos no caixote do lixo. Houve quem ficasse muito chocado, mas eu tive que me conter para não rir, face à imaginação da sua solução para se ver livre do irmão. Ainda hoje diz que o odeia, que é um chato, mas a verdade é que o defende de quem quer que seja que ouse atacá-lo.
Parece uma tia que ela tem ;) e a verdade é que vem ter comigo muitas vezes para desabafar sobre a chatice que é ter irmãos mais novos, porque eu "a compreendo" (também sou mais velha que o pai dela) :D
Eu também fui assim, hiper ciumenta, mas ai de quem fizesse ou dissesse mal do meu irmão!

Muitas vezes esses desabafos não passam disso, mas é urgente um tratamento de mimo ao mano ciumento, a mostrar-lhe como é especial.

Anônimo disse...

De cada vez que acabo uma relação, de cada vez que faço o luto da mesma, de cada vez que visiono a minha vida e penso que seria melhor com companhia, a dois, um casal; venho a este blog e outros que tais e leio os vários e sentidos comentários alvitrando disparates só pronunciáveis pelo belo sexo...e passa-me logo o desejo de suportar criaturas por mais do que 3 frases seguidas.
Um profundo agradecimento e um desejo de que nunca mude a linha editorial e muito menos silencie as vozes que nela se inspiram.

Me disse...

Credo!!!

Que aconteceu?

Kitty Fane disse...

Não, ele não matou a irmã. LOLOL. Quer dizer, pelo menos que eu saiba. Mas era visível nos seus olhos a raiva com que ele dizia aquilo. :-)

Kikas disse...

um primo meu, quando a mãe estava grávida, dizia que se a irmã não se chamasse isabel, a jogava para o caixote do lixo xD é certo que não tem nada a ver com o post, mas lembrei-me..
as crianças precisam de afecto (as crianças e não só) e têm medo que passem a ser deixadas de lado.. penso que é normal. penso..

Carla disse...

Eu acho que este tipo de ciumes e situações só acontece com os miúdos que são super mimados e têm tudo o que querem, e nunca são contrariados. O nascimento do meu irmão à 28 anos foi super desejado por mim, e vivamente solicitado e se os meus pais não lhe dessem atenção eu ralhava com eles (nos meus 6 anos). Hoje sou capaz de ser mais ciumenta do que na nossa infância e adolescência porque agora sim somos os dois mais mimados do que eramos em pequenos.

Frutinha (Desabafos e Coisas) disse...

Credo cruzes canhoto.

sofia disse...

Puxa!
isso é que foi revolta relativamente à irmã....
Como puderam os pais roubar-lhe a primazia?!....

Anônimo disse...

Uma ida ao psicólogo ajuda.
Devem ser uma pessoainhas muito ciumenas, invejosas, sei lá. Credo!

Ju disse...

Tenho uma com quase 4 anos e dois rapazes a caminho. Até ver está a encarar muito bem, mas quando eles nascerem acho que a situação se vai alterar devido à inevitável falha na atenção para com ela (afinal vão ser 2!!!). E tenho medo, não do que lhes possa fazer (vamos ter que andar com 30 olhos)mas das alterações de comportamento e de que se possa sentir menosprezada.

Anônimo disse...

Eu entendo prefeitamente o sentimento do Miguel. Eu própria quando a minha mãe estava grávida da minha irmã dizia que se fosse rapariga (naquela altura cismava com um irmão) lhe apertava o pescoço e quando a fui vêr ao hospital e tive a notícia de que era rapariga dizem-me que fiquei bastante chateada e que não a queria vêr. Não tivemos uma infancia muito chegada (até porque temos uma diferença de 5 anos) mas agora sim somos grandes amigas.

Paula R.

Juanna disse...

Ui..a quem o dizes. Com uma de 7 anos e outra de 3 meses, a coisa vai andando devagarinho. A mais velha adora a pequena, mas connosco está mais agressiva, mais desobediente. Eu sei que vai passar porque é um doce de miúda, não estou preocupada, nop, nop.