quinta-feira, 15 de março de 2012

Ainda a adoção

Eu conheço algumas histórias felizes de pessoas que não podiam ter filhos biológicos e adotaram. E não tenho nada contra quem adota porque não pode ter filhos biológicos, como será evidente. Até porque há muita gente que nem sequer tinha posto essa hipótese anteriormente, e devido a essa tristeza começa a sentir essa vontade, esse desejo, esse sonho. No entanto, há pessoas que SÓ adotam porque não conseguiram ter filhos biológicos. E depois querem apenas crianças à sua imagem e semelhança, com determinado tipo de caraterísticas. Sem traumas, sem problemas. Portanto, adoção, sim, mas feita com o coração e não como uma solução.

12 comentários:

Phyxsius disse...

Mas atenção que essa questão das características é necessária precisamente para evitar situações como as que referi no comentário ao post anterior.

CF disse...

A adopção pode surgir como alternativa ou como opção. Em ambas será válida, desde que feita com o coração e em consciência. Não atribuo um carácter negativo às de alternativa, apenas porque tratam uma solução a um problema. Todos nós solucionamos os nossos problemas de uma forma ou de outra, ou pelo menos tentamos fazê-lo, sendo que não serão apenas por isso menos viáveis. Até porque o que interessa é a retirada da criança do regime institucional e o acolhimento numa familia capaz. Isso sim, é a essência importante. O resto, o pressuposto, o fundamento, o móbil, parece-me irrisório, desde que o resultado seja satisfatório.
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Marabunta & Framboesa disse...

realmente é muito frequente ver pessoas que SÓ adoptam por não conseguir ter filhos biológicos mas o que dizes faz todo o sentido... Quem adopta porque sim, porque ama com o coração merece um lugar no céu :)

Sol disse...

Acho que o problema começa antes...Começa nas razões que levam alguém tanto a ter filhos biológicos como a adotar. Seja num caso ou noutro, a motivação tem que vir do coração. Filhos adoptados ou biológicos têm que ser amados, têm que vir por Amor. O problema começa quando assim não é. Quando vêm porque é tempo, porque se quer segurar uma casamento etc...A adoção não pode ser uma "caridadezinha", uma acto bonito, etc. Tem que ser o materializar da vontade de se ser pai ou mãe...no fundo, um motivo egoísta.E aí, biológico ou adotado, aceita-se o filho que temos, exactamente como ele é.

Eli disse...

O enorme problema é que há "pessoas" que "devolvem" as crianças como se tratasse de um "bem adquirido", tipo móvel...

"Até me passo."

...

Sofia disse...

Olá Kitty,

Eu leio-te há bastante tempo.

Sou mãe adoptiva há 15 meses, de um casal de gémeos com 5 anos. Sinto um amor incondicional por eles,que não dá para descrever. E sim fiz tratamentos durante anos, e nunca consegui ter filhos biológicos. A adopção para mim sempre esteve em cima da mesa, muito antes de sequer tentar engravidar. E sabes, eu sou fértil, mas calhou na minha vida de amar quem não seja. Incomoda-me ler comentários de quem fala de cor,e bla bla bla pardais ao ninho, que a verdade é só uma: 97% das crianças adoptadas, são por casais inférteis. E opinam sobre quem adopta como donos de verdades quando nunca mas nunca vão tentar adoptar. Mil vezes tentarão a segunda gravidez, mas a adopção não! Mas fica bonito dizer que sim, que eram capazes de amar e bla bla bla...
Amor incondicional é quem espera anos por eles, é chamada lá e ouve uma breve descrição da história deles, conhece-lhes o nome, não lhes conhece a cara, e diz SIM com a boca cheia! Conheci-os 5 dias depois, e ao 7 estavam a viver connosco para todo o sempre!

E espero não haver nada escrito que leve a interpretações erradas, pois não é uma lamentação, mas sim atestar a grandeza do nosso amor enquanto família! Somos muito felizes juntos!
beijinhos e felicidades

Joana Silva disse...

Lá está, partilho desta tua opinião. Eu, não sei ainda se posso ou não ter filhos;no entanto, sempre pensei adoptar uma criança. Por isso, se um dia tiver o meu filho biológico(e espero bem que sim) pretendo adoptar o segundo. Caso não possa ter, por algum motivo, a ideia da adopção não é nova, e por isso só fará ainda mais sentido. :) Beijinhos

Filipa disse...

Adorei ler estes teus posts... Percebi que não estou só... Eu sou casada, tenho 25 anos, mas desde que me "sinto" mulher que sinto vontade de adoptar, imagino que não deve ser facil, e sim tenho várias duvidas na minha cabeça! Mas ao mesmo tempo sinto que o amor por um filho, seja adoptivo ou biologico, é algo indiscritivel...

Cátia disse...

Falei disso aqui... http://viverentrelacos.blogspot.com/2012/02/adopcoes-falhadas.html

http://viverentrelacos.blogspot.com/

mor disse...

Penso que não se deve generalizar...
É muito triste não se poder ter filhos. Há pessoas que não os podem ter que amam e querem os filhos adoptivos da mesma maneira como se fossem filhos biológicos, é um chamamento, um amor incondicional.

triss disse...

Discordo em absoluto.
Não percebo porque é que um casal que não consegue ter filhos biológicos é menos capaz de amar do que aqueles que adoptam e são férteis.
A minha melhor amiga (só) adoptou um casal de gémeos porque após 5 anos a tentar engravidar não conseguia ter um filho biológico. E queria muito ter filhos. E 6 meses depois de adoptar engravidou de uma menina. E hoje é uma mãe feliz de 3 filhos.

Anônimo disse...

Eu sempre quis adoptar uma criança africana!
É um sonho desde há muitos anos.
1º, tinha pensado em fazê-lo apenas depois de ter um filho biológico.
Hoje em dia, pensamos em fazê-lo antes disso.
:)
Vamos ver o que o futuro nos traz!