Ao contrário do que tenho lido por aí, eu acho que estas Provas de Aferição têm toda a razão de existirem (gosto da estrutura, do tipo de exercícios), só acho mesmo que deviam contar para nota. O que não acontece. Servem apenas para aferir resultados. Servem para que os professores e o Ministério da Educação percebam aquilo que os alunos estão ou não a aprender e para perceberem quais as maiores dificuldades de uma forma geral. Obviamente que eu vou olhar para as notas destas provas com atenção, sobretudos no caso daqueles alunos em que estou mais indecisa, mas os testes e todo o resto que se faz na sala de aula é que têm o verdadeiro peso.
Mas mesmo sabendo que delas não vai sair a decisão de uma transição ou de uma retenção, os alunos ficam nervosíssimos. Sobretudo os melhores alunos. Alguns dizem que lhes correu mal só porque acham que se esqueceram de uma palavra. Outros porque se enganaram num número. Ontem, enquanto dava uma aula, e numa questão de segundos, uma aluna vomitou para cima de outra. Dizia ela que tinha sido dos nervos. E foi mesmo. Outros choram. Pelo contrário, os alunos mais fracos nunca se preocupam muito. Dizem sempre que correu bem. Mas depois quando lhes perguntamos o que colocaram na pergunta X, eles dão uma resposta qualquer sem sentido. Ou então nem sequer se lembram do que fizeram.
(Isto de ter posts agendados nem sempre é bom. Há coisas que escrevemos e que quando são publicados já não fazem muito sentido. É o caso do post anterior. A calma e a tranquilidade já voltaram à minha vida.)
sexta-feira, 7 de maio de 2010
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8 comentários:
Por acaso o meu filho é daqueles que não stressa com nada mas é dos melhores alunos da turma.
Quando ele me diz que correu bem (diz-me sempre o mesmo, parece um gira-discos riscado) e quando me diz "não me lembro" quando lhe pergunto o que é que saiu, quem fica cheia de vontade de vomitar para cima dele sou eu, olaré.
Mas o que vale é que é assim por natureza e que depois as notas são sempre muito boas.
Melhor para ele, que vive a vida de uma menira mais fluida. Pior para mim que nunca fui assim.
Ainda bem que a paz e a tranquilidade já voltaram... :)
Quanto às provas de aferição, não se consegue avaliar um aluno ou um professor, quanto ao seu método de ensino ou aos conteúdos, apenas num teste...mas já é uma boa tentativa para perceber o que se pode melhorar...
Queria mais uma vez agradecer-te a oportunidade de poder ler o meu primeiro livro da Anita Shreve :) Chegou mesmo agorinha...obrigada :)
Às vezes gostava de não me preocupar tanto... é cá um stress!
Ainda me lembro das borboletas no estômago... se houverem mais "storas" como tu, estão bem entregues, sem medos. :)
Concordo contigo - deviam contar para progredirem de ano. Mas se fosse assim o insucesso era muito grande e isso é mau para as estatísticas.
Eu tenho algumas dúvidas quanto a essas provas... Imagina um aluno médio. Não é muito bom, nem muito fraco. Esforça-se o suficiente. Se lhe dizem que a prova não conta para nota, achas que ele vai esforçar-se, no mínimo, o suficiente? Tenho muitas dúvidas!
Concordo com as provas, no geral. Mas deviam contar directamente para a nota final do aluno, por pouco que fosse. Julgo que isso ia incentivá-los para obterem mehores resultados.
Bjs e parabéns pelo blog! :)
Também sou professora e gosto de acompanhar o seu blogue. As provas de aferição são o que são, quer se concorde ou não. Mas se não são para contar para a avaliação do aluno, considero falta de ética profissional ter em conta os seus resultados no caso de estar indecisa na nota.
Concordo contigo pois acho que deviam contar para algo senão há uma leveza na forma de encarar a prova. E acho que deviam pagar aos professores ou atribuir qualquer benesse pela trabalheira descomunal que dá corrigir as provas e assistir às reuniões. As nossas aulas continuam a ter que ser dadas. Os testes dos nossos alunos têm que ser feitos e corrigidos.
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