terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Relações à distância


Foto de Irving Penn que roubei do Cachecol do Pintor

O ano de 2009 (tal como o de 2008 e o de 2007, e também o de 2006, que a história tem-se repetido ao longo dos meus últimos anos) ficará marcado como o ano em que pela centésima vez eu pude comprovar que as relações à distância não funcionam. Podem levar-se durante algum tempo, são muito empolgantes, vivem de surpresas muito agradáveis, de friozinho na barriga, mas a longo prazo, lamento, não funcionam.

É aquele dia em que se precisa do abraço dele e não se tem. É o dia em que se precisa de alguém para aquecer os pés e esse alguém não está ali. É o dia em que se quer partilhar uma alegria com uma flûte de champanhe e um beijo e esse alguém apenas aparece do outro lado do monitor ou do telefone. Não, definitivamente não.

25 comentários:

Anônimo disse...

pois não... Depois de muitos dias desses chega-se à conclusão que precisamos de uma pessoa que esteja o nosso lado.

Anônimo disse...

Concordo a 100%... deixei-me de romantismos e sou realista... não funciona mesmo e lamento ter que ter passado por isso muitas vezes para chegar a essa conclusão.

Kiss kiss

prada disse...

Longe da vista longe do coração!
Nada como um toque de mãos ou olhos nos olhos, para não falar no aquecimento dos pés , tão necessario neste dia gélido:)

Cat disse...

Não concordo... É certo que já tive relações à distância que não funcionaram, no entanto, não me parece que o problema principal tenha sido de facto a distância física! Muitas vezes usa-se a desculpa da distância para mascarar outro tipo de problemas (de comunicação, confiança, etc).

Sobrevivi a 7 anos de uma relação à distância e, apesar de não ter sido fácil, conseguimos ultrapassar todas as barreiras e neste momento,já vivemos juntos.

Obviamente, se pudesse escolher teria optado por uma relação sem ser à distância, mas olhando para trás e pensando em tudo o que passamos, dos dias em que se acorda e não se tem aquele abraço, tal como falas... chego à conclusão que passei a dar valor a pequenas coisas que provavelmente não daria se o meu namorado estivesse sempre por perto.

Portanto, acredito que as relações à distância possam funcionar, embora admita que não seja fácil e seja preciso uma boa dose de entendimento, respeito e, sobretudo, diálogo!

E isto vindo de uma pessoa que já tinha passado por outras relações à distância que não tinham funcionado de todo...!
Eu sou de facto, a prova, de que pode funcionar...mas claro, tudo depende também da forma como cada um encara as coisas!

Beijinhos

Juanna disse...

Há 6 anos atrás ele foi estudar para fora e eu aguentei 2 anos longe.. depois ele voltou, casámos e já temos uma filha :) Às vezes funciona.

carlinha disse...

Desculpa mas tenho de discordar completamente. Eu mantive uma relação à distância 3 anos (agora já vivemos juntos) e só tenho coisas boas a recordar. Mas, todos somos diferentes, não é? Há sempre alguém que viveu bons momentos e existem os outros casos menos bons!

Ninguém te garante que, quando tens uma relação "perto", quando precisas de um abraço ele está sempre lá para te dar.

De qualquer forma respeito e compreendo a tua forma de pensar.

Anônimo disse...

Olá Kitty,

Gosto muito de ler o teu blog e já leio há bastante tempo, no entanto, nunca me deu para comentar.

Mas, este post é especial. É especial porque me toca na alma. Já sofri muito com a distância, mas não foi por isso que a minha relação acabou. Pelo contrário, tornou-se ainda mais forte.

Eu penso (e sou prova viva disso) que as relações à distância funcionam. Mas com algumas condições/restrições. Uma delas (e a principal) é a distância ter os dias contados. Para além disso, uma relação à distância exige 5 vezes mais trabalho, mais empenho, mais preocupação e dedicação do que uma relação normal. Neste aspecto os homens são um bocado "desligados"... mas cabe-nos a nós mostrar-lhes esta importância.

Numa relação à distância não nos vemos todos os dias, não nos tocamos todos os dias, não dormimos juntinhos a aquecer os pés um do outro... por isso, pequenissimas coisas como uma mensagem de bom dia, um telefonema inesperado só porque há saudades, um postal surpresa na nossa caixa de correio, uma carta, um ramo de flores, uma visita surpresa... são essas coisas que sustentam a relação e nos dão força para mais um dia. E isto tem de partir dos dois elementos da relação! Se um dos elementos não estiver empenhado a 100% então, na minha opinião, é para esquecer...

Recentemente, depois de já estar a viver com o meu namorado (actualmente marido) há 3 anos ele teve de ir viver 1 ano e meio para outro país. E estivemos a viver um ano e meio uma relação à distância em que só nos viamos de 3 em 3 semanas, algumas vezes apenas 1 vez por mês. Não foi fácil para nenhum de nós. Exigiu muito trabalho, muito dinheiro gasto em viagens e em telefonemas, muitas surpresas e muito romantismo. Muita confiança também...

Um pouco antes de chegar a altura de ele voltar, fizemos uma viagem a Veneza e ele aproveitou a oportunidade para fazer "O" pedido. Estamos casados agora há 3 meses... (já com ele cá!!! finalmente!).

Enfim... fica o relato de uma relação à distância que sobreviveu :)

Mas a verdade é que, muitos dos colegas dele que também estiveram fora no mesmo período que ele, e por isso viveram exactamente o mesmo que nós, estão hoje separados ou divorciados... e o que faltou foi o empenho e a dedicação extra.

Alforreca disse...

Kitty,
estive practicamente 3 anos numa relação à distância com o meu marido e, chegámos a um ponto que precisávamos de mais...
Acabei por ser eu a abdicar de muita coisa para ir ter com ele, mas não me arrependo nada!
Foi a melhor coisa que fiz!
Mas, cada caso é um caso...
Actualmente, só de pensar em relações à distância fico com uma certa angústia...

Anônimo disse...

Se houver a perspectiva de um dia a distância acabar acredito que funcione. Nesse caso, é preferível passar pelos sacrifícios de uma relação à distância com alguém de quem se gosta mesmo a sério, ou viver uma relação de proximidade com alguém que está sempre lá, mas de quem se gosta um bocadinho menos, continuando com a presença da outra pessoa "impossível" ainda que só em pensamento?

Clementine disse...

Desculpa, mas não concordo com este teu post...

Já vivi relações à distância que não funcionaram, sim. Dói muito - conversar por msn não é a mesma coisa, por skype, por o que quer que seja, não substitui um abraço, um carinho.

No entanto, acho que mais importante que a distância física, é a distância "psicológica" que nós podemos ou não criar. Porque alguém pode estar a centenas de quilómetros mas estar sempre presente na nossa vida, ou pode estar ao nosso lado e não nos ligar nenhuma.

Obviamente que custa muito, mas não é impossível - basta que ambos remem para o mesmo lado :)

Jinhos!

Diabo de Mulher disse...

Identifico-me bastante com o comentário da Cat. Também eu sobrevivi a uma realção à distância. E hoje em dia já vivemos juntos e felizes.
Tudo depende do empenho de cada um. Se realmente estamos dispostos a certos sacrificos por amor.

Claudia Oliveira disse...

Há relações que mesmo perto um do outro têm os dias contados. Aliás, tantas.

Anônimo disse...

O amor quando é verdadeiro quebras as barreiras que a distância nos impõe, é verdade que sentimos falta da presença da pessoa amada, mas vivendo um dia de cada vez e apreciando os momentos em que se está junto, tudo é possível.

kiss me disse...

Eu estou contigo. Eu também não dava para relações à distância. Gosto do mimo diário (ou frequente, pelo menos), gosto do cineminha do costume, gostos dos sorrisos, gosto do sofá com a manta, a comer estrelitas da mesma tigela (neste caso, sem leite, claro). Mas principalmente nos momentos muito maus ou muito bons é péssimo não ter aquela pessoa ali para nos afagar o cabelo, ou para nos dar aquele abraço de força ou de parabéns. Eu também já passei por isso. E também não correu bem.

Precis Almana disse...

Tem muitas parecenças com as relações com alguém comprometido, mas com a diferença (e vantagem) enorme de nas relações à distância não sermos a "outra".
Eu não me daria mal numa relação assim. Mas isso sou eu que já sei que não sou uma pessoa "normal" :-)
Beijinhos

Anônimo disse...

Não venham com histórias, porque uma coisa é uma relação em que um dos dois vai em missão para algum sitío ou estudar/trabalhar para fora durante um ano, outra é uma relação entre duas pessoas que moram e trabalham em países diferentes e distantes, neste último caso, eventualmente, um dos dois tem de ceder e mudar-se, mudar de país, de emprego, etc...ou então a relação está condenada. É bem diferente.
Luísa

Eu mesma... disse...

o que a vida me demonstrou é que a distância é muito difícil de suportar e que pode destruir casamentos. principalmente quando os mesmos se mantêm em linhas ténues. por muito que haja amor, é necessária a convivência, o dia-a-dia para manter uma relação de pé.

Anônimo disse...

O meu pai foi viver para um país bem longe daqui, depois de 17 anos de casamento, e devido à conjuntura económica. a minha mãe via-o uma ou duas vezes por ano, já que não tinham dinheiro para viajarem frequentemente para se verem. o pior é que o meu pai queria ficar nesse país até à reforma, já que lá encontrou estabilidade no trabalho. No entanto a minha mãe não podia abdicar de um trabalho de 20 anos, que gostava de fazer e pelo qual batalhou toda a vida. no fim o casamento não aguentou.
uma coisa é uma relação temporária à distância.
outra é uma relação permanente à distância, ainda pior quando a relação foi vivida em completa companhia.

Anônimo disse...

Olá Kitty

eu sou da mesma opinião, e falo por experiência própria... e depois de tudo isso que referes acontece, ao fim de algum tempo (3 anos no meu caso), termos oportunidade para estar juntos e simplesmente já não dá, já estamos fartos... a distância desgasta muito... mas ainda bem que há casos que acabam bem =) beijinhos

Cachecol do Pintor disse...

bem haja o teu "saque", dado que a foto se adequa perfeitamente no post...

Truly disse...

Dear Kitty,
É mesmo muito dificil que resultem este nosso tipo de relações distantes. Mas o que fazer se não quero um dubliner na minha vida e não quero um lisboeta em Dublin?! Salva-me o msn, alguma criatividade, muita disponibilidade, os encontros mensais em Lisboa e a esperança de acreditar que nada é impossivel, quando é dele que eu gosto.
Incrivelmente, ele está mais ao meu lado e presente que alguns que dormiram comigo na mesma cama durante anos.

so_risoIncógnito disse...

Quem tem relações assim é sempre dificil de concordar, mas quem já as teve, é mais facil aceitar. UM dia tive uma relação assim e não me esqueço de uma frase que usei no dia em que acabei... "São em dias como o d hoje que sinto que nunca te tive e nunca te terei!" a verdade é que a distância fisica começou também a dar lugar a uma distância sentimental. Tudo porque houve dias em que o meu sorriso não era partilhado com ele, porque precisava do seu cheiro e ele não estava, porque queria sair acompanhada e sempre faltava o ele, porque queria mimos e ele nao dava, porque queria o abraço, o beijo,o sentir-me amada e não sentia...tudo começa a perder o sentido, quando comemoras com os amigos e sem ele, tudo começa a perder o sentido quando a tua familia e amigos te da a mão e ele te liga a dizer "como eu gostava de estar ai neste momento..." mas na verdade não estava. Definitivamente é complicado!

Anônimo disse...

Neste momento estou numa relação á distancia e tenho medo. Mas amo-o mesmo =) Se bem que não estamos assim tão distantes... O que mais quero é que de tudo certo.

Anônimo disse...

É verdade...e acabei com uma relação esta semana. E é triste, porque continuo com saudades dele...saudades que sempre estiveram presentes, desde o início.

Fozeira disse...

De vez em quando gosto de cuscar bolgs alheios e este post chamou-me a atenção...vivo presentemente uma relação à distância. Ele é das Filipinas e está a trabalhar num navio cruzeiro. Conhecemo-nos quando eu trabalhava a bordo e estivemos juntinhos (fisicamente) durante 1 ano e meio. No momento de tomarmos decisões profissionais importantes, sentamo-nos e falamos do que queriamos e onde queriamos estar dentro de 1 ano...e continuamos juntos. Fazemos sacrificios, o dinheiro que ele ganha, gasta em telefone e internet...e acreditem que não é fácil acordar as horas mais estranhas para falar com ele!Teclamos na internet e não deixamos de fazer amor...Ouvir a voz dele diminui a distância e a saudade e mantenho o pensamento positivo, de que para o ano ele estará cá,pelo menos, em férias!!

Quando vivemos assim, passamos a conhecer mutio bem a outra pessoa...os detalhes, mesmo os mais pequenos, contam. Estou sempre a escrever mails, estou sempre a enviar prendas e faço o esforço para despertar sempre que ele telefona as 4h da manha para dizer que me ama...porque eu amo-o!!

Uma relação à distancia pressupoe confiança, conhecimento e muita honestidade. temos que respeitar os limites da outra pessoa e os objectivos de Vida...e tudo resulta!!!:)

Beijinho

JU