terça-feira, 24 de novembro de 2009

Isto depois de ter conhecimento de mais um divórcio de uma pessoa conhecida


Heidi Klum e Will Ferrell para a Sports Illustrated

Aquilo que se faz hoje com os casais desavindos devia fazer-se, a contrario, com os nubentes: várias reuniões em que se tentava convencê-los a não casar, atirando-lhes com tudo, tédio, flacidez, adultério, saudades da mamã, gostos cinéfilos ao sábado, boletim clínico, dívidas e hipotecas, impotência, peúgas sujas. Isto acompanhado de discursos catastrofistas, gráficos, estatísticas, vídeos, testemunhos. Só depois de o casal estar realmente ciente e determinado é que se dava acesso ao casamento civil.

Pedro Mexia no seu, relativamente novo, blogue - Lei Seca


É por estas e por outras que, para além de muitas outras qualidades, eu sempre achei que o Pedro Mexia é (e será sempre) "O" blogger.

16 comentários:

Anônimo disse...

Se há coisa que não me arrependo foi de ter vivido com o meu actual marido cerca de 2 anos antes de nos casarmos...

Recomendo a toda a gente!

:)

Alforreca

Style disse...

Não concordo nada com isso, com o andarmos a pintar os cenários mais negros do que aquilo que são! Se ninguém acreditar na felicidade, nem no lado bom dos outros... não há lugar para amizade, amor ou qualquer outro sentimento! Se um casamento tiver que acabar em divórcio, acho que deve ser na perspectiva de alcançar algo melhor... perspectiva essa que também um dia deverá ter estado na base da decisão de um casamento!

Sejam felizes!

Microondas disse...

@ Alforreca

essa do "actual marido" parece um lapso freudiano. Ou não é o primeiro (o que explica a frase) ou então deixa a entender que a cabeça já está a pensar no próximo :D

Microondas disse...

E tem toda a razão, também já escrevi sobre isso.

O curioso é que no momento em que se toma uma decisão dessas toda a gente dá palmadinhas nas costas e gritinhos de jubilo, mas não há ninguém que feche um noivo/noiva numa sala e pergunte "tu tens a certeza do que vais fazer?" e explique todos os vícios de forma.

E mais inaceitável do que não fazer o pré-aviso, que pode ser equacionado por alguns como algo nocivo, é não haver quem, com experiência da coisa, se chegue ao pé dos noivos e explique os pré-requisitos sem os quais não se devem casar: capacidade de ouvir. capacidade de falar sempre que necessário. respeito pela individualidade do outro e já agora algo tido como secundário... mas que dá jeito: amor.

Kiddo disse...

O link que puseste não está direccionado para o blog, em vez da hiperligação do blog copiaste o excerto do texto :p

E sim, o Pedro Mexia é um grande senhor!

Lebasiana disse...

a verdade é que hoje em dia as pessoas se atiram muito facilmente para um casamento, pensando que tudo se consegue sem o minimo de esforço!

por outro lado, o divorcio ja começa a ser tão banal que facilmente a frase "não quero brincar mais! pega lá os papeis!" nos sai pela boca fora... conheço tantos casos, infelizmente... alguns nem ao fim da Lua de Mel chegaram!

Jinhos

Laetitia disse...

Por isso é que sou adepta de uniões de facto. O papelzinho assinado cria logo per si uma certa acomodação, uma certa estabilidade negativa. Quando se tem a pessoa ao nosso lado só pelo que ela sente por nós e não amarrada por convenções estúpidas lutamos mais por ela, por nós, e pela felicidade de ambos.:)

Fuschia disse...

Lol Muito bom! E àparte a brincadeirinha, até acho que a maior parte das pessoas se casam com a história da Cinderela na cabeça e não sabem bem no que se estão a meter.

Bardot Maria disse...

Tenho pena desse senhor. Não em relação à sua pessoa, pois não o conheço, mas sim em relação a este pensamento. Nem quero imaginar como seria a minha vida se o meu pensamento fosse assim. Apesar de tudo o que já sofri, ainda acredito que é possível.

stiletto disse...

Ideia fantástica... só podia ter saído do Pedro Mexia. A verdade é que ninguém pode casar a acreditar em contos de fadas nem em catástrofes, há um ponto de equilíbrio. A ciência é encontrar esse ponto.

Anônimo disse...

Ahahahahah, adorei Kitty!

À Alforreca: existe um estudo que aponta para a probabilidade de o risco de divórcio ser maior nos casais que já viveram juntos...(espero que não seja o seu caso, obviamente)

Claudia

Anônimo disse...

@ Capitão Microondas

Sinceramente não sei como me saiu essa do actual marido lol
É o primeiro e espero que único :)

A minha cabeça está 100 % concetrada nele desde há 7 anos para cá e assim espero que continue ;)

Alforreca

art.soul disse...

tchii tanta pessoa infeliz.
casar/estar junto é opção de cada um. as relações não acabam por termos ou não uma aliança no dedo.

o problema não está no cabelo, está na cabeça, já diz o Gabriel o pensador na "loira burra".

Jade disse...

Pois, sou seguidora assídua e lembro-me perfeitamente de ler esse texto e concordar em pleno. Ele é de facto, 'o' bloguer...

Algures disse...

Não... Até aqui?! Hoje é daqueles dias que me apetecia falar de tudo excepto falar de Direito da Família, mais concretamente das Uniões de Facto! Proponho uma revisão da Lei n.º 7/2001 de 11 de Maio...
A verdade é que cada vez as coisas estão mais facilitadas e as pessoas pensam mais no "eu" do que no "nós". Viver junto, seja no casamento, seja na união de facto, é um "jogo" de cedências e exige que se lute em prol desse "um" que os dois devem ser... o casal. Desistir é sempre o mais fácil...

blogdatanga disse...

A mediação familiar passa um bocado por aí, mas a grande maioria das pessoas só recorre ao mediador quando os danos já são irreparáveis.