quarta-feira, 13 de maio de 2009

Com filhos ou sem filhos? Eis a questão.


Jude Law e o filho

A River deixou este comentário:

A propósito de "pessoas corajosas" e amores, etc. E de uma discussão noutro blog... E você Kitty Fane Maria (se me permite trata-la assim :)), namorava/vivia junto/casava com um homem com filho(s)? :)

Como eu costumo dizer - Why not? Não acho que ser pai seja um corta-interesse. De maneira nenhuma. Já saí com homens com filhos e sempre adorei o brilhozinho nos olhos com que eles falavam dos seus rebentos. Nunca me incomodou o facto de, por exemplo, não poderem sair ao fim-de-semana porque estavam com os filhos. Nunca me incomodou o facto de eu ser sempre relegada para segundo plano em tudo. Sempre entendi isso. E se estes dates não evoluíram para uma relação, foi por outros motivos, e nunca por terem filhos. Aliás, e isto é ridículo de se contar, até houve uma altura da minha vida em que eu pus na cabeça que não queria ser mãe (agora já quero novamente, que isto é conforme dá o vento) e dava por mim a preferir homens com filhos para mais tarde não me pedirem para os ter.

Mas, sendo realista, o facto de um homem ter um filho pode interferir numa relação e até pode levar a que nunca se inicie ou que termine por conta disso. Depende de vários factores. Do tempo que passa com a criança - um pai de fim-de-semana é muito diferente de um pai a tempo inteiro. Com um pai a tempo inteiro teria de ponderar muito bem as coisas. Da relação que esse pai tem com a mãe da criança (imaginemos que é daquelas que faz a vida negra a todas as namoradas do pai? Vá de retro.). Da criança em si (sim, há crianças amorosas e há outras que são o diabo em pessoa e eu, talvez por defeito profissional, não sei se saberia lidar com isso sem interferir.).

Quando me falam nisto, lembro-me sempre da relação longuíssima que uma das minhas amigas teve com um homem que já era pai. Foi tudo muito bonito até decidirem viver os dois juntos. Aí caíu-lhe no colo uma filha adolescente, malcriada, chantagista, que, orquestrada pela mãe, lhe fez, literalmente, a vida negra. Deixava cartas a ameaçá-la. Fazia coisas e tentava incriminá-la. A gota de água final foi pedir ao pai que escolhesse entre as duas - a namorada ou a filha. Uma novela mesmo. Claro que a relação terminou com a minha amiga a fugir a sete pés daquele terror de miúda e do respectivo pai.Tenho noção que isto foi, claramente, um episódio de excepção, mas eles existem, e há que estar preparados para eles.

26 comentários:

Anônimo disse...

Por norma as mulheres estudam o mais possível a personalidade de um homem antes de partirem para um relacionamento.
Eu como homem sei que tentamos sempre no início (é genético e não por má fé) esconder os defeitos, banir os traumas e enaltecer as virtudes.
A melhor maneira de uma mulher "tirar o retrato" a um homem que já seja pai, é precisamente vendo o tipo de relação e o encanto que tem pelo filho(a).
Simples.
Se não tiver o tal brilhozinho nos olhos quando fala do filho(a) fiquem de pé atrás. Não tem grandes sentimentos.
Isto foi um conselho da concorrência... e de borla!

Victor

Anônimo disse...

Gosto tanto como a menina Kitty Fane escreve...
Beijinho

Anônimo disse...

Não é que o tema não me interesse, interessa, não fosse um assunto que ou muito me engano ou fará cada vez mais parte da nossa realidade. Mas as minhas palavras vão para o Jude Law...esse homem lindo e maravilhoso que me tira o fôlego. Nunca tive grande inclinação pelos loiros...mas este...Deus lhe dê saúdinhaa para me fazer continuar a sonhar...lol

Mto fã do teu blog...mto fã!!

Ana C. disse...

Pois, uma coisa são filhos pequenos fofinhos que se vêm uma vês por mês, outra são adolescentes na idade do armário...
Acho que cada caso é um caso. Mas há situações muito complicadas em que gerir sentimentos, relações pai-filhos sem nos podermos impôr como mães, desenhar limites, não é para qualquer mulher.
Agora fica a pergunta para outro post. Quem fugirá mais: Os homens de uma mulher com filhos, ou as mulheres de um homem com um filho? É que geralmente as mães com filhos não o são só ao fim de semana...

Goma disse...

Sou "madrasta", até agora o filho dele NUNCA interferiu em nada! (até porque se vêem puquíssimo... mas estou preparada para o dia em que nos casarmos e tenha que conviver com aquela criança!!!

Qual é o probelma?? As pessoas que tiveram filhos e que separaram, divorciaram, ou nunca tiveram juntas devem continuar sozinhas para todo o sempre???? O filho do meu namorado foi fruto de um namoro, quando ele tinha 18 anos, conheci-o quando tinha 19 e foi a primeira coisa que ele me disse!! "Tenho um filho"!! So what??

Acreditem que até pode ser uma forma de "eles" se aproximarem e darem valor à nossa escolha...como o T. diz: "és muito corajosa em aceitares este "facto", apoiares e quereres ter uma boa relação com o miúdo"

Claro que há casops extremos em que os miúdos e respectivas mães complicam a situação... mas ter um filho não é ser ALIEN!!!

Por isso para as pessoas que têm preconceito ponham-se no lugar de quem já é pai/mãe cuja relação não resultou.....

BEJO*

River disse...

Concordo em absoluto com tudo o que diz. E sou mãe divorciada de 2 adolescentes! Não podia concordar mais!
Consigo ver os dois (ou três) lado da questão.
E muito honestamente, custar-me-ia a adaptar a viver com um pai a tempo inteiro...
Note-se, não quer dizer que não o fizesse, se o amor falasse mais alto, claro que sim.
Mas que é complicado é...

Rubi disse...

Pois eu Kitty acho que nao conseguia viver com um homem com filhos. Penso nessas situacoes todas que descreves, e que conheco das relacoes de amigas, e acho que aceito o preconceito. Homens com filhos e fugir...lol...

Jedi Master Atomic disse...

Pessoalmente não me vejo numa relação com uma mulher que já tenha filhos, pelo facto de eu querer "fazer" e educar os meus do ZERO. É um desafio pelo qual eu quero passar.

Admito perfeitamente que haja pessoas que não se importem e até acho que essas pessoas têm que ter uma coragem suplementar para o fazer, ainda por cima, se o filho for um adolescente com as hormonas a saltar.

James Lewis disse...

O rebento pode até, não ter qualquer relacionamento com a mãe "original" e no entanto, comportar-se de modo a tentar afastar o pai da Sra. II Mãe.

Na minha óptica, o problema reside na criança e não naqueles que a rodeiam.

Para uma criança chegar ao ponto de querer ver o pai, distante da pessoa que o faz feliz, demonstra bem como essa criança vive num Mundo desconhecido e tremendamente assustador.

Só depois de reconhecer que o mal reside na criança e é ela, quem vive o problema maior, os adultos devem apostar em analisar como se comportam aqueles que a rodeiam e que influência têm no modo de pensar e agir da mesma.

As crianças, não são um terror… mas podem-se tornar, caso não se faça nada para o evitar.

Dado isto Kitty (caso te apaixones por um Sr. Pai), foca-te na criança e não naqueles a rodeiam.

Anônimo disse...

Não critico aqueles que se relacionam com pessoas com filhos, mas a mim não me apanham nessa... Uma relação a dois às vezes já é tão complexa, quanto mais a 3 ou a 4 (sim, pq o ex-parceira(o) acaba sp por entar na história)... temos de ser realistas e não dizer que é só amor e que isso chega!

River disse...

PS. E se me permite, cá está um mesmo assunto (até com pontos de vista semelhantes), mas abordado de forma diferente... faz toda a diferença!

Anônimo disse...

Acontece que o episódio que relata não é excepção é a regra! Na maioria das vezes mães, pais e/ou filhos não fazem os lutos dos casamentos ou uniões falhadas... Os fantasmas estão sempre a aparecer e como os contos infantis deram cabo da reputação das madrastas, adivinhem quem paga as favas?

Beijinho :)

Mariana Figueiredo

IncognitU disse...

Manter uma relação com uma mulher que tivesse filhos... eu? Jamais!

Pimpi disse...

De preferência sem filhos, mas se vier com filhos sempre podemos voltar à infância mais cedo do que julgávamos e divertirmo-nos com o filho.

Quando se ama, não são os filhos que irão impedir seja o que for (salvo excepções como as ditas anteriormente.

Just Me

Unknown disse...

Cada caso é diferente, existem diferentes variáveis numa situação destas...mas no meu caso acho muito difícil o relacionamento com um homem com filhos.Talvez o problema seja meu.Tenho esta posição mas admiro quem vive relações assim e é feliz.

Anônimo disse...

Adorei o teu post!! Mostraste muito bem os vários lados existentes...

P.s.- Por favor quando tiveres tempo, e se te apetecer(sim, porque isto não é o blogue dos pedidos...) adorava que escrevesses um sobre "cunhadas"...Aproveito e deixo já aqui uma versão : a da cunhada bruxa! Tem ciúmes de ti, do teu parceiro...enfim da felicidade dos outros! Infelizmente conheço.

Anônimo disse...

Ui quando a "ex" é má...até dói!

Anônimo disse...

Pessoalmente não aconselho: vivi durante 12 anos um casamento em que vivia connosco um filho do meu marido.
Foi sempre muito complicado pois a criança era super-protegida pela Avó e pela Tia e o Pai, ao permitir isto, nunca me deixou "entrar" a 100% na relação que poderiamos ter construido.
Sim porque uma coisa é ser Pai ao fim-de-semana, outra coisa é ser Pai diariamente: aliás o meu ex-marido era dos poucos que conheci que sempre teve a custódia do filho (que hoje conta com 25 anos).
Por outro lado nunca conseguiremos também fazer muita coisa pois não é o nosso sangue, não são os nossos genes embora ele me dissesse, na altura, que gostava de ter um filho meu mas como já existia outro e não o ia privar (ao meu marido) de ser Pai, optei por não ter nenhum.
Hoje, alguns anos passados, e com um filho é completamente diferente a situação. É o meu sangue, é a minha cara que ali está, o meu feitio, sei lá, é MEU.
Não sei o que diga mais mas acho que é melhor termos um filho a 2 do que "herdar" ou ter um filho "emprestado".
Já é complicada uma relação a 2 quanto mais a 3 ou a 4 :-)
_ba_

Anônimo disse...

Pois... olha o Brad Pitt! Podia vir com a filharada toda atrás que eu não me importava nada... O amor já é um lugar estranho, não vamos complicar. Se eu tivesse um filho não gostava de ser colocada no caixote das "solteiras com filhos" onde só quem não arranja ninguém no caixote das "solteiras sem filhos". :) Há bagagens emocionais bem mais pesadas que uma criança!

catarina disse...

Não posso deixar de comentar este tema, afinal fui casada com um homem que tinha uma filha do primeiro casamento. A experiência foi péssima, jurei nunca mais ter nenhum relaciomnamento com homens que tivessem filhos de outros relacionamentos.
Quando comecei a namorar com o meu ex-marido a filha tinha 3 anos. Era uma criança mal educada, que fazia birras a toda a hora por tudo e por nada, que tinha uma ausência absoluta de regras. Mesmo assim (grande ingenuidade da minha parte), decidi apostar nessa relação, pensando eu que a criancinha conforme crescesse melhorasse o seu comportamento e que os próprios pais lhe começassem a impôr regras e limites. Nada disso aconteceu, quanto mais crescida mais mal educada ficava. A miuda era verdadeiramente insuportável. Os fins-de-semana que ela vinha passar connosco eram uma verdadeira tortura. Não vou descrever aqui os comportamentos dela que eram relamente maus. A verdade é que o casamento durou apenas dois anos, nunca mais vi a miuda e sinceramente nunca tive saudades, antes pelo contrário, quando o casamento terminou suspirei de alivio por nunca mais ter que conviver com ela.
Homens com filhos?! Nem pensar!
Se a miuda já era insuportável enquanto criança então como seria na fase da adolescência!
Quero um homem só para mim, não quero dividi-lo com mais ninguém, porque a mim também não têm que me dividir.

Precis Almana disse...

A Ana C. pôs uma questão muito engraçada. E o meu irmão anda há menos de 1 ano com uma mulher que tem um puto de 9 anos. A felicidade das felicidades é que eles se dão lindamente e o puto é super bem educado. Porque a família também tem de lidar com as crianças, e se elas forem fôfinhas é muito mais fácil.
Eu adoro homens com filhos. E quanto mais gostarem dos putos, quanto mais "mães" forem, mais eu gosto. Porque, como diz o Victor, quererá dizer que são pessoas com sentimentos. Pois!

M disse...

O meu gajo tem uma filha, e tem uma relação muito proxima com ela. Vou ser sincera, nem sempre foi um mar de rosas, mas aprendi a impor-me:
1º - Não sou mãe dela nem nunca vou ser, não me peçam para que tenha amor de mãe. Gosto imenso dela, mas sei que quanso tiver um filho meu vai ser um amor diferente.
2º - A guerra com a mãezinha fui eu que ganhei... não tenho paciência para gente estupida e posso dizer que graças a mim hoje temos uma "relação a três" muito saudável, para alegria da criança, pois a mãezinha percebeu que nada que fizesse abalava a nossa relação (posso dizer que o gajo teve também muita importância porque nunca se deixou levar pelas conversas e sempre me defendeu.)
3º - Tenho liberdade para participar na educação dela, se tenho que ralhar, ralho, se tenho que por de castigo, ponho e se tenho que dar miminhos dou, sem ninguem me dizer nada.
4º - Por fim a guerra com a propria criancinha, essa sim a mais dificil... mas aos poucos ganhei o meu espaço naquela familia a dois já construida (aqui também o gajo teve a sua importância por não cegar com tudo o que diga respeito a filha)
Por isto tudo acho que o facto de ter uma filha de outra relação não condicionou em nada a a nossa relação.
Mas acredito que haja excepções.

Clara disse...

ahahaha...eu não teria problemas nenhuns em andar com um homem com filhos, mesmo que não os tivesse eu. pode parecer uma espécie de defeito mas na verdade é bem mais fácil de contornar do que outros como a estupidez, falta de higiene, falta de cultura, mau gosto, egoísmo e por aí fora. em último caso, os filhos acabam sempre por crescer e tornar-se independentes, a maior parte dos defeitos das pessoas não melhora com a idade.

GATA disse...

Para mim, SEM FILHOS! Ou então com filhos crescidos e criados, e longe das calças do pai! :-)

Mas o ideal era sem filhos e... viuvo! :-) Que, com a minha sorte, ainda me calhava uma ex-mulher dos diabos!

Trintão disse...

Pode ser complicado sim srª

Anônimo disse...

Eu sou divorciada e tenho uma filha! Gosto de pensar que não estou condenada a ficar sózinha só porque tenho uma filha, até porque é ela é uma das melhores coisas que me aconteceu!
Até aos dias de hoje não tive nenhum caso sério, como tal não tenho experiencias para partilhar convosco. Mas o meu ex-marido já reconstruiu a sua vida e essa pessoa tambem tem um filho. Segundo tenho conhecimento a minha filha não lhes levanta problemas, creio que as birras dela estão todas reservadas para mim:).
Infelizmente o nosso relacionamento não é um mar de rosas, mas há culpas de ambas as partes e esses problemas só dizem respeito a nós dois, a miuda não é metida ao barulho! Se os relacionamentos dele falharem não será por culpa minha ou dela!É imprecindível que, como em tudo na vida, impere o bom senso....
mimi