terça-feira, 6 de julho de 2010
E já que ontem falei de casamento
Natalia Vodianova ( os anéis são lindos)
Tenho amigas que quando vêem pedidos de casamento em público ficam de lagriminha no olho, todas felizes. Oh, que bonito, pensam elas. Quem me dera que fosse comigo. Ainda há dias circulava um no Youtube, feito em Nova Iorque, que envolvia dançarinos e anónimos que passavam na rua, e eu, que sou bicho do mato nessas coisas, achei aquilo uma coisa medonha. Não me perguntem porquê, mas esses pedidos cheiram-me sempre a falso. A querer chamar a atenção à força. E implica um tipo de exposição que eu não aprecio. Mas lá está, cada pessoa sabe de si.
Ora há dias falava de pedidos de casamento com algumas colegas, e foi então que, pela primeira vez, uma delas (que também é meio bicho do mato como eu nessas coisas) falou do seu pedido de casamento traumatizante. Foi qualquer coisa do género. Estava uma pequena multidão (muitos eram completamente desconhecidos do casal) numa festa. O actual marido interrompe a banda que estava a tocar e faz o pedido. Claro que a minha colega ficou tão baralhada, tão confusa, tão chateada com toda aquela atenção centrada nela, que fugiu. Desapareceu durante horas. Sem ninguém saber onde ela se tinha metido. Mais tarde casou com ele, mas ficou com um pequeno trauma graças àquilo, e exigiu-lhe que nunca mais repetisse a gracinha.
Eu, do alto da minha ignorância neste tipo de coisas, acho que um pedido de casamento é um daqueles momentos que deve ser apenas dos dois. No máximo dos máximos, que tenha a família ou os amigos mais próximos por perto. Mas, mesmo assim, já acho gente a mais. Os dois, só os dois, é, para mim, o ideal.
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18 comentários:
Que horror!
Eu até acho que o casamento devia ser privadissimo!
Detesto festas de familia publicas, mas eu sou de uma especie esquisitóide!!!
não podia concordar mais contigo!
Credo, eu faria o mesmo que a tua amiga. É aquela velha máxima: 1 é pouco, 2 é bom, 3 é demais!
Nem família, nem amigos, nem coisa nenhuma, a dois e basta. Os outros têm tempo de saber da novidade.
Pois... Eu não fui pedida em casamento e casei na mesma! E melhor, nem direito tive a anel de noivado (confesso que fui eu que pedi que passassemos estes 2 passos à frente!!!)
sem dúvida. A 2. E já agora num local especial
Concordo, assino em baixo...tudo tudo tudo!!
É um momento tão intimo que é para ser vivido a dois. E se não fosse é porque a pessoa que me estava a fazer o pedido não me conhecia como deve de ser...o que nao auguraria nada de bom!
Concordo ;)
Uma coisa tão pessoal não deve ser tornada num espectaculo.
bj Sophie
Só os dois e de preferência em Nova Iorque :)
O meu foi na noite de Natal, com a minha familia, mas com direito a discurso e joelho no chão...
Um homem que faz uma merda dessas tem pouca noção da forma de pensar de uma mulher. Olhou certamente de soslaio uma qualquer comédia romântica de merda e acha que a vida é assim. O youtube está cheio de exemplos de gajos que se entalaram à custa disso. Isso só se faz, e mesmo assim só conhecendo muito bem a pessoa, caso o assunto casamento (ou namoro) e o sim já tenha sido discutido e fechado previamente. Aí sim, em certos contextos sempre avaliados em função do agrado da destinatária, existe a possibilidade de ela apreciar uma demonstração pública de afecto.
O problema das demonstrações públicas de afecto é que facilmente passam por um problema de foco: parece que quem as faz está mais interessado em provar ao mundo (e a si próprio) o que quer ou sente do que à/ao destinatária/o em si. Obviamente é natural dar merda.
Penso exactamente a mesma coisa Kitty. Morria se me fizessem um pedido em publico, tudo com as atenções viradas para mim. Mas tb quem me conhece sabe que odeio esse tipo de brincadeiras. Era quase motivo para não casar! Tem de ser um momento a dois, tal como o casamento tb é a dois. Quem está sempre a impingir a sua felicidade aos outros, é pq não está verdadeiramente feliz. Mas é só a minha opinião!
Beijinhos
Penso exactamente a mesma coisa Kitty. Morria se me fizessem um pedido em publico, tudo com as atenções viradas para mim. Mas tb quem me conhece sabe que odeio esse tipo de brincadeiras. Era quase motivo para não casar! Tem de ser um momento a dois, tal como o casamento tb é a dois. Quem está sempre a impingir a sua felicidade aos outros, é pq não está verdadeiramente feliz. Mas é só a minha opinião!
beijinhos
Anéis? Quais anéis?
Faz-me espécie esse tipo de embaraço, porque parto do pressuposto que uma pessoa ao pensar em fazer uma surpresa dessas já conhece devidamente a outra ao ponto de saber se a outra vai apreciar ou não. Ou, então, pensa apenas no seu umbigo e dá show... e arrisca-se a que a coisa corra mal!
Depende da personalidade de ambos e (muito importante) saber à partida se o outro aceita o pedido ou não.
Fazer um grande espetáculo em público, sabendo que a outra pessoa é mais reservada, é maldade e pior ainda, pode ser uma maneira de a pessoa se sentir forçada a dar o sim.
Mas isto é algum recado para o teu namorado Homem, é??? ;-)
quem me dera que o meu namorado lesse o teu post!
Só espero que não me pregue uma dessas.
beijinho
O Capitão Microondas diz muitas coisas acertadas! E tu também, claro. Concordo totalmente contigo. E é de tal forma que nem a oferta de um ramo de flores em público me comove :-) Mesmo que não me vejam a receber, as conjecturas sobre quem deu incomodam-me de sobremaneira.
Interessante este post.
Sempre tive curiosidade de saber porque o pedido de casamento não é assim no Brasil.
Aqui não tem anel, nem surpresa, nem platéia. Quando contamos para os amigos já está tudo resolvido entre o casal.
Pedido espetáculo é coisa de filme ou de gringo...
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