quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Das coisas surreais

Eu por vezes acho exageradas e demasiado ferozes as críticas que se fazem à Margarida Rebelo Pinto. Aliás, até lhe reconheço algum mérito, porque, apesar da mediocridade, a senhora conseguiu pôr pessoas que nunca tinham folheado um livro a ler. Mas quando ontem dei de caras com este vídeo que um conhecido meu tinha no Facebook toda eu me enchi de urticária. Não há dúvida de que a senhora gosta de se pôr a jeito para as críticas, e, das duas uma, ou é mesmo burra e básica ou adora alimentar polémicas. Toda a entrevista é surreal, desde o início (que não aparece neste vídeo, mas pode ver-se aqui) em que em resposta ao facto de o Bruno Nogueira lhe perguntar se ficava ofendida com o termo escritora light, a senhora responde com as suas medidas - 52 kg, 1,73m e ginásio três vezes por semana, light - a toda a restante conversa.

Já agora, qual será o conceito dela de obesa? Mulher com mais de quarenta quilos?

20 comentários:

Cristina disse...

O que ela diz é o que toda a gente pensa mas não tem coragem de dizer !!

Unknown disse...

Leia a crónica que tenho no meu blogue relativo a ''Escritorazinhas e as outras''. Foi a melhor resposta (crítica) que encontrei para a atitude que a Margarida teve! Beijinho

Fotografias com Histórias Dentro disse...

O que toda a gente pensa? Fale por si! Toda é gente é muito genérico.

mjmgnunes disse...

Até pode ser verdade, mas também é verdade que com tanta informação que hoje há sobre distúrbios alimentares esta senhora só revela que não faz pesquisa nenhuma válida para os seus livros, fica-se pela mera observação tira suas ilações baseadas em chavões e preconceitos e vomita: "tomem lá mais 100 página de verborreia para estúpidos"! Até a entrevista do Castelo Branco (listada ao lado) é muito melhor... quiçá até o livro é melhor que aquelas coisas que ela inventa de tempos a tempos e chama de livros!
Por mim pode ficar descansada que não lhe compro livros para ela não ter dinheiro e um dia cair em tentação e ir de geleirinha pra praia e levar o dia a comer ... Pura e simplesmente detesto-a por estas e outras.

Johnny disse...

Eu não vejo uma réstia de bom senso na tão falada crónica da MRP. E depois de ver esta entrevista do Bruno Nogueira fiquei sem dúvidas que a senhora além de repugnar as gordinhas, tem ali mal escondido um problema com as mesmas. É de mau tom tudo o que ela diz. Merece todas as críticas negativas de que tem sido alvo.

Ana C. disse...

Adorei ouvir esta entrevista.
Pessoas que vivem, vibram e escrevem sobre estereotipos e que estão convencidas de que aquilo faz todo o sentido para o resto do mundo, sempre me fascinaram.
"Os homens que não metem os pratos pequenos no andar de cima da máquina de lavar a loiça" E "as gordas que levam sempre geleiras para a praia"
Brilhante. Que mente aguçada e profunda.

verniz escarlate disse...

ainda bem que ela não veio a uma praia de cá de cima. é que ás vezes está "nortada" e ela podia não se aguentar das canetas.
Tá no direito dela de dizer tudo o que quiser, há gordas realmente sem noção como também há magras a fazer figurinhas tristes muito pior do que muitas gordas... E eu não sou gorda ;) ufa

Ana disse...

Olha... "ADodo" :)

Não só este post em particular mas todos os que partilhas e nos fazes "sentir" o teu estado de espirito e as tuas opiniões.
Parabéns.

thebeautyoflifeis.blogspot.pt

dropsofmagic disse...

Quer seja realmente burra ou monte a personagem para alimentar polémicas, a mediocridade é algo que já ninguém lhe tira.

Diana Pereira disse...

Eu também achava as críticas às vezes cruéis, porque não se pode descer ao mesmo nível da senhora, mas de facto quando vejo a entrevista e leio as verborreias que ela escreve só me surgem insultos na cabeça!
O único mérito que lhe tenho a dar é a escrita leve e romântica que me iludiu quando eu tinha os meus 13 anos e achava que era tudo bonito.
Ela representa pura e simplesmente tudo aquilo que detesto: rotula as pessoas, julga os outros, coloca as pessoas em categorias que de alguma forma organizam a sua realidade fútil, escreve sempre sobre as mesmas coisas e é uma autêntica 'tia' sempre cheia de si mesma.
Mas não lhe demos mais atenção, há por aí muitos e bons escritores com um sentido real de 'respeito' e daquilo que é, efectivamente, saber escrever.

Anônimo disse...

Provavelmente :))))

Cristina disse...

Se ela tivesse falado mal das magras escanzeladas ninguém acharia mal e até aplaudiriam de pé.

Mas como falou das "gordas"..... toda a gente sabe que não se pode falar publicamente mal das "gordas".......

Dulce disse...

Independentemente das suas crónicas mal amanhadas, também sou das que lhe reconhece mérito... afinal, ela pôs metade deste Portugal a ler, numa época em que os nossos hábitos de leitura fariam corar de vergonha qualquer país europeu.

Até podem discutir a qualidade da sua escrita, mas a senhora não escrevia para arrecadar prémios, escrevia romances leves, pouco rebuscados mas apelativos, mergulhados em clichés e ideais para um público pouco exigente.

Li dois livros dela (não tenho quaisquer problemas em admiti-lo, tinha para aí uns 15 anos e muito para crescer!) e não posso dizer que sejam lixo... São bem melhores que muita obra que agora anda por aí (num tempo em que qualquer macaco escreve um livro)...

esquilinho disse...

Não sei se repararam, mas as pessoas que dizem ter gostado de ler MRP fizeram-no na adolescência. Bate certo: eu li o Sei Lá nos meus 30s e pareceu-me que estava a ler as parvoeiras que eu própria escrevia no meu diário quando tinha 13-14 anos…
Aquilo não é "literatura" leve, é verborreia de adolescente, ainda por cima de adolescente sem talento para escrever.

A Mais Picante disse...

Ela no fundo é um bocado como as gordinhas, só que não sabe, pode dizer tudo, imensos disparates e já ninguém leva a mal porque toda a gente sabe que a MRP é acéfala...

Atlântida disse...

Cristina, desculpe lá, mas parece-me que tem um problema. Perdão, dois!
Acha que toda a gente é estúpida e preconceituosa - 1
Acha que tem a ver com gordinhas - 2
Engana-se em ambas. Isto é uma ataque às mulheres, até ao ser humano. É ofensivo e isso basta. Não foram só as gordinhas a achar isso, foram todo o género de mulheres e homens.
Não sei que idade tem, Cristina, mas por amor da Santa, cresça um pouco.

Ninna Jules disse...

adorei o comentário da pipoca mais picante! absolutamente delicioso!

a entrevista é decadente. e ela também o é, infelizmente. porque quer-me parecer que, de quando em vez, ainda lhe haja um laivo de inteligência que poderia muito bem ser utilizada para escrever um bom livro ou umas quantas crónicas. o problema é que ela logo o põe a canto, esmagado por muito cliché e muita escrita barata.

eu tenho 16 anos, tentei ler um livro dela e não consegui. aquilo nem a mim, no auge da adolescência, me satisfaz.

Lady disse...

Não gosto nada , nada , nada dessa mulher nem por todo o dinheiro do mundo. Já li alguns livros dela que tinha cá por casa do tempo em que a minha mãe não tinha mais nada que fazer ao dinheiro, perdão, do tempo em que a minha mãe comprava lixo literário, perdão outra vez, do tempo em que a minha mãe não lia nada melhor que aquilo, e nunca nunca gostei. Aliás, já cheguei a fazer-lhe algumas críticas no meu blog sobre uns livros que li dela! Posso não passar de uma adolescente, mas já li muito e sobre muita coisa e tenho muita margem de comparação para a saber classificar.

Mas quando a ouvi dizer na entrevista "as obesas podem dizer tudo o que quiserem porque, coitadas, ninguém lhes pega", a primeira coisa que eu pensei foi "Oh sua bicha! (da mesma forma que diria José Castelo Branco)."
Mas quem é que ela pensa que +é? Aquele meio quilo de gente que escreve coisinha chocha que, na minha opinião, só solteironas e desesperadas é que gostariam de ler? Que moral tem ela, esqueleto andante, snobe que só ela, preconceituosa, para dizer mal dos comuns mortais? E os portugueses passam o tempo todo a pensar em comer? E ela é o quê, australiana?

SA disse...

de repente fez-me lembrar a reportagem da Sic na casa (de alterne) da mãe kikas, em que a dada altura uma das "meninas" confrontada com a pergunta: "então como o seu filho reage à acusação de que tem uma mãe que anda na vida"; a mesma responde "pois anda, mas estás a ver este blusão e da chevignon; as calças da Levis , os salpatos da marca n sei quantos". Simplesmente triste, assim como a resposta da MRP.

Lady disse...

Não gosto nada , nada , nada dessa mulher nem por todo o dinheiro do mundo. Já li alguns livros dela que tinha cá por casa do tempo em que a minha mãe não tinha mais nada que fazer ao dinheiro, perdão, do tempo em que a minha mãe comprava lixo literário, perdão outra vez, do tempo em que a minha mãe não lia nada melhor que aquilo, e não gostei nada do que li.. Aliás, já cheguei a fazer-lhe algumas críticas no meu blog sobre um livro dela que comprei pelo Natal! Posso não passar de uma adolescente, mas já li muito e sobre várias temáticas, por isso tenho muita margem de comparação para a saber classificar.

Mas quando a ouvi dizer na entrevista «as obesas podem dizer tudo o que quiserem porque, coitadas, ninguém lhes pega», a primeira coisa que eu pensei foi "Oh sua bicha! (do mesmo jeito que o próprio José Castelo Branco diria)."
Mas quem é que ela pensa que é? Aquele meio quilo de gente que escreve coisinha chocha que, na minha opinião, só solteironas e desesperadas é que gostam de ler? Que moral tem ela, esqueleto andante, snobe que só ela, preconceituosa, para dizer mal de nós, comuns mortais, com peso a mais? E «os portugueses passam o tempo todo a pensar em comer»? E ela é o quê, australiana?