quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dos piores filmes de sempre (contém spoilers)



























Eu e a miss Daisy vamos sempre uma vez por semana juntas ao cinema. Como já vimos os mais interessantes e decentes que estão atualmente em exibição, decidimos fazer do final de tarde de ontem uma coisa divertida, e porque não uma comédia daquelas bem cliché? Coisa que evitamos a todo o custo porque, em geral e salvo raras excepções, nunca achamos piada a nada, parece-nos sempre tudo demasiado óbvio e todas as piadas estão mais do que batidas. Mas hoje arriscámos e fomos ver o filme "Bad teacher", com a Cameron Diaz. Claro que ninguém espera que dali venha alguma coisa de jeito, a não ser que nos proporcione umas boas gargalhadas, mas não se espera assim uma coisinha tão má.

A história resumida é basicamente o seguinte:
Há uma professora, a Elisabeth, muito interesseira, que quer ter umas mamas novas, porque acha que assim arranjará mais facilmente um namorado rico, e que tudo faz para arranjar dinheiro para fazer a cirurgia. Não quer saber dos alunos, nem de mais nada, apenas quer dinheiro. Tudo se resume a dinheiro. Ela só pensa em dinheiro. Aliás, no filme tudo se resume a dinheiro e a sexo. As aulas dessa professora resumem-se a passar filmes na sala de aula para os alunos verem, enquanto ela cura as ressacas. E faz todas as asneiras possíveis, quer com os alunos, quer com os colegas, quer com os pais dos alunos. Quando percebe que, se os seus alunos tiverem boas notas num determinado exame, recebe uma boa quantia de dinheiro, começa logo a matutar um esquema para conseguir isso. Então, recorrendo às maiores trafulhices, consegue arranjar esse tal exame antecipadamente, e os seus alunos acabam por ser os melhores, recebendo ela o prémio.

Enquanto a história se desenrola, há uma personagem, a Amy,  propositadamente ridícula e irritante para nós não gostarmos dela, que vai descobrindo as suas trafulhices e a vai incriminando. Mas sempre em vão, porque a Elisabeth safa-se sempre. No final, eu ainda esperei que a dita professora pagasse por tudo o que fez, mas não. Ela arranja maneira de lançar todas as culpas para a outra que descobria as suas tramoias. E essa desgraçada acaba por ser transferida para uma escola muito difícil lá para cascos de rolha, ao passo que a personagem principal - a tal que fez tudo o que de errado podia fazer - não só encontra o amor da sua vida, como ainda é promovida a conselheira da escola.

Moral da história: Quanto mais lixarmos e enganarmos os outros, mais somos valorizados e reconhecidos. Não há dúvida de que começo a acreditar que é isso que acontece na realidade, mas pensava que nos filmes, mesmo nas comédias mais rascas, ainda se lutava um pouco contra isso.