Abbey Lee Kershaw fotografada por Terry Richardson para a Vogue Paris (Dezembro 2010)
Três pessoas me perguntaram ontem onde ia passar a Passagem de Ano. Mas... eu nem sei o que vou fazer na próxima semana, que fará o que irei fazer na Passagem de Ano. Para além disso, eu nunca gostei da Passagem de Ano. Sempre me irritaram dias em que somos obrigados a divertir-nos. Pior, só mesmo o Carnaval.
domingo, 5 de dezembro de 2010
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16 comentários:
Tenho exactamente a mesma opinião, nunca liguei nenhuma nem a carnaval a não ser quando era pequena nem a passagem de ano!
Eu passo em casa quase sempre, sossegada a ver TV, com bolo rei e vinho tinto e um prato especial feito por mim. Há uns anos aprendi que, para não me chatearem - é curioso que todas as noites as passo sozinha e só no fim de ano acham muito estranho - comecei a dizer a uns que ia para casa de outros. E funciona ;-)
Como eu te E-N-T-E-N-D-O!!!!
Costumo ler este blog e sigo-o já há algum tempo. Não comento, geralmente concordo com o que escreves e foram já diversas as vezes em que os textos me fizeram rir ou emocionar. Mas hoje, e a propósito de algo tão simples, tinha que comentar.
Li, numa daquelas revistas que sai com os jornais (é provável que tenha sido a Vidas, mas não tenho certezas), a mesma expressão que aqui referiste "sempre me irritaram os dias em que somos obrigados a divertir-nos". Era uma citação do Goucha =) E comecei a pensar porque haveria tanta gente a pensar assim. É porque, para mim, tem tanta lógica dizer isso como afirmar que nos irritam os dias em que somos obrigados a festejar a restauração da independência, o 25 de abril, a implantação da república e outros que tais.
Ninguém nos obriga a nada, nem as pessoas, nem os dias (bem, as pessoas têm que ter sempre um conjunto de reticências associadas). Mas as datas servem para se assinalar algo que foi importante, uma viragem, um momento de comemoração e união. Se é assim que realmente acontece é outra história, mas a teoria é essa.
A passagem de ano é um marco de esperança e recomeço, ou talvez de esperança no recomeço. Está carregada de uma carga simbólica enorme que nos diz que podemos deixar para trás tudo aquilo que não fizemos bem, tudo aquilo de que nos arrependemos nesse ano. E nessa noite, por uma noite, conseguimos acreditar que é possível. É uma data para sonhar, para traçar planos, para idealizar uma nova vida ou uma vida igual, cada vez melhor. Não é que tenha que existir um dia para o fazermos, não é essa a lógica. Existe é um dia que comemora o facto do ser humano o poder fazer. E, é em alturas de crise e ruptura que os opostos se tornam extremos. Há quem celebre cada vez mais, quem queira cada vez mais acreditar; e há quem tenha deixado de acreditar, quem ache um desperdício fazê-lo e não descubra num festejo razão de ser.
Podemos viver o dia 31 com mais ou menos música, com mais ou menos alegria, com mais ou menos gente. Isso não interessa. Importa sim começar o ano com aqueles com que o queremos acabar. Importa definir metas (ou reforçar as que já temos vindo a definir) - só alcançamos o que queremos alcançar e é preciso saber o que isso é; e importa dividi-lo com aqueles que mais gostamos.
É por isso que as pessoas fazem festas, jantares, vão para um espaço, terra ou país diferente. É por isso que as pessoas gostam de se arranjar, de se sentir bem consigo e de achar que, naquela noite, podem tudo. Não é porque a data obriga a coisa alguma. É porque cada um, pela forma como a vê, obriga a que os outros se divirtam e a vivam da mesma maneira que pretende fazer. É, em última análise, porque por muito que se apregoe o termo "racional" para o homem, somos muito mais emoções do que qualquer outra coisa. E gostamos de gente à volta para as partilhar connosco.
Se já fazemos isso todos os dias da nossa vida, se já pensamos assim e etecetras, muito bem. Não é isso que tira o mérito ao dia. Pelo contrário, é isso que o deve reforçar.
beijinho,
Miss C.
Costuma ser um bom whisky e uma caixa INTEIRA de bonbons e não me chatêm...
Este ano se os controladores deixarem, sim eu sei o que eles sofrem TB faço H.E., será em Madrid num **** stars.
BOAS FESTAS!!!
Partilho do mesmo sentimento.
Cada vez gosto menos destas festividades.
Passagem de ano pra mim é um momento mágico, e de uns anos pra cá costumo passar numa comunidade holística, em contato com a natureza e mais perto de Deus.
Nada de badalações, festanças ou bebedeiras, apenas auto conhecimento.
Concordo completamente, detesto essa noite, és obrigada a ter vontade de sair de casa, anda tudo louco, está toda a gente na rua... tudo me irrita nesse dia!
mas lá vem mais uma, tem que ser =)
Kitty,
Mais uma vez estou de acordo contigo ;)
Se eu pudesse nesse dia, saía do país.
S
Gosto muito da passagem de ano, mas irrita-me o trabalho e os problemas que ela dá. Já o Carnaval, não posso com ele! Que festividade insuportável!
Podíamos criar um Encontro Nacional de Anti-Carnavaleiros! (:
Descobri agora o teu blog, muito bom :)
só não descobri como comentar nos posts em que ainda não há comentários...
beijinhos
Eu nao gosto do carnaval mas cada vez mais acho a passagem de ano uma emoçao. é aquele momento em que eu faço os meus desejos para o ano seguinte. emociono-me sempre. nao tem que ser mega festa, mas é sempre especial.
*passa no meu blogue para veres como é que eu te imagino (e a outras blogguers também, uma risota).
penso tal e qual...
Como eu te compreendo e subscrevo.
Não somos obrigados a divertir-nos, simplesmente é uma óptima desculpa para o fazer ;)
Eu comemoro a passagem de ano como nunca, desde há uns aninhos para cá, quando sobrevivi a um acidente :x É como se fosse um grito de guerra: Venha mais um!!! Comemoro afincadamente mais um ano de vida. E gosto que me deêm sugestões :) Para quem é como eu fica aqui uma página que vos pode ser útil, achei-a há pouco tempo no fb: http://www.facebook.com/pages/Passagem-de-Ano-2011/175667095786697?v=wall
Boas festas!!
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