quarta-feira, 3 de março de 2010

As crianças são mesmo o melhor do mundo


Dakota Fanning

Ontem, depois de eu tomar uma decisão definitiva, muitas pessoas me disseram para a repensar, uma vez que a decisão tinha sido tomada a quente, e decisões a quente nunca são boa ideia. Olha que te pode abrir muitas portas, diziam-me alguns. Olha que ainda te pode dar muitas alegrias, diziam outros. Essas pessoas talvez não percebam que eu tenho uma profissão pela qual tenho o maior respeito, a maior responsabilidade, que me dá o maior prazer, e que me dá a maior estabilidade a todos os níveis. Logo, os desafios que eu abraço, exteriores à minha profissão, terão de ser coisas que me dêem prazer. Muito prazer. E, de preferência, que me tragam alegrias. Coisas boas. E, claro, que não me tragam chatices. A partir do momento em que damos conta de um ninho de cobras* (ainda que algumas mais ou menos disfarçadas) que se forma à nossa volta, só temos é de pôr um ponto final na origem desses males. E manter a devida distância de tudo isso.

Como disse ontem, a minha paz de espírito não tem preço. E se há alguém que consegue encostar a cabeça à noite na almofada e dormir tranquila sabendo das coisas que faz/fez/deixou fazer para humilhar os outros, os meus parabéns, esse alguém não sou eu de certeza.

Mas se calhar o problema é meu que me deixo envolver por estas coisas e que acho que há um limite para tudo. E eu não devia ser assim. Se calhar é mesmo isso. Sim, é isso.

* e que não incluem, como é óbvio, o grupo de pessoas de onde partiu o convite. Pessoas essas que me deram sempre todo o apoio e atenção enquanto abracei este desafio. A elas o meu muito obrigado. Por se terem lembrado de mim e por me terem cedido na sua "casa" um espacinho para as minhas loucuras. Obrigada. Tenho a certeza de que virá alguém muito melhor do que eu para preencher esse espacinho e que, tenho a certeza, não se deixará envolver por coisas exteriores a isso.