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Adriana Lima
Conheci a Maria nos corredores do hospital por alturas da minha última cirurgia. A Maria teve um tumor daqueles que, apesar de tratáveis, lhe deixaram a cara completamente deformada. Tão deformada, que a Maria se recusa a sair à rua, por ser olhada de lado pelos adultos que lhe viram a cara e pelas crianças que lhe apontam o dedo. Claro que a Maria como ser humano que é, não se sente bem com esta realidade tão cruel. Por isso prefere passar os dias à janela da sua casa com vista para o mar, sonhando com o dia em que os avanços da medicina lhe devolverão a vida social que a Maria perdeu de um momento para o outro. O caminho não tem sido fácil, ainda se avizinha longo, mas a luzinha começa a surgir ao fundo do túnel. Já lá vão duas grandes (daquelas de dezanove horas) e bem sucedidas cirurgias. Na passada sexta-feira fez mais uma, desta vez pequena, e no próximo mês fará mais uma das grandes.
Por tudo isto, desejo do fundo do coração que todo este sofrimento seja compensado. A Maria merece. Pela força. Pela alegria apesar das contrariedades. Pelo ser humano que é.