segunda-feira, 16 de março de 2009

São uns grandessíssimos chatos


Alessandra Ambrosio

Depois de uma conversa com uma conhecida minha que começou a namorar com um rapaz há três meses e que já foi a correr vender a casa dela para comprar uma com o namorado, constato que as pessoas, hoje em dia, já não namoram como antes.

Há pessoas que ainda o amor vem lá longe, já estão com a malinha feita para ir viver com o outro. São autênticas Elsas Raposo. Depois é a cantilena que se vê. Passados uns meses "Ah e tal, precipitei-me um bocadinho. Afinal as coisas não são como pareciam. ". Pois é óbvio que não. Com certeza que não. Então mal se conhecem vão logo a correr viver juntos. Quando nem sequer passaram férias juntos, quando nada. Como é que as coisas podem correr bem? É que enquanto aquilo anda na fase das borboletas no estômago é uma coisa, mas quando passa essa fase a coisa complica-se.

É certo que cada um sabe de si. Sem dúvida. Quem sou eu para dar conselhos? Mas e que tal namorarem à fartazana, assim cada um em sua casa, pelo menos até se conhecerem bem? E que tal aproveitarem o Verão para irem passar juntos uns dias valentes de férias para ver se a coisa corre bem? E que tal passarem umas temporadas, ora em casa de um, ora em casa de outro, sem irem logo a correr vender a própria casa para comprar uma em conjunto?

É que já não tenho mesmo pachorra para choradeiras e afins quando a coisa começa a correr mal. "E agora que vou fazer se nem casa tenho? Ai não tenho sorte nenhuma, tudo me corre mal." Coitadinhos. São umas vítimas. Olhem para mim cheia de pena. É que ainda por cima só se lembram de nós quando a coisinha começa a correr mal. São uns chatos. É o que são. Estou sem pachorra para eles.

48 comentários:

M disse...

Não sei se por viver num meio mais pequeno, a verdade é que não conheço muitos casos assim. Aliás, pessoalmente, não conheço nenhum e dos que ouvi falar, são de gente sem eira nem beira, que se juntam apenas para poupar uns trocos e terem um pouco de apoio.

Quando estamos na fase das borboletas é normal fazer o filme todo, em pensamento. Mas daí a decidir de facto, juntar os trapinhos, quando nem sequer acordaram juntos vezes suficientes, não acho a melhor atitude.

Vera disse...

;) eh eh eh...
tens razão menina :)

Miss R. disse...

Ora Bom dia antes de mais!!
pois Kitty tens toda a razão, também tenho amigos assim meio desvairados que não podem sentir o cheiro d amor fresquinho que lá vao eles d armas e bagagens!!
E quando corre mal é que se lembram dos amigos e vêm chorar!!
Baaahhh que grandes chatos!!
LOL**

M. disse...

como concordo contigo... eu não tenho nenhum relacionamento há vários anos, mas desde que vim viver sozingha, tornei-me ainda mais egoísta. Não se trata de juntar os trapinhos, mas não conseguir partilhar o mesmo espaço físico com outra pessoa. Conheço quem esteja junto há mais de 16 anos, cada um na sua casa, mas assim é que as coisas funcionam... e não deixam de ser uma família!

Kitty Fane disse...

M.eu acho que cada coisa a seu tempo. Acho que ao fim de algum tempo, se as pessoas já têm bem a certeza que é aquilo que querem, se já sabem mais ou menos com o que podem contar, faz todo o sentido juntar trapinhos, claro. Até pq o passo seguinte será ter filhos e aí t~em mesmo de estar juntos.

A minha crítica é para quem vai a correr viver junto mal acaba de conhecer a pessoa. Há imensos casais. Sobretudo casais na casa dos 30, que ficam desesperados com medo de ficarem solteirões para sempre.:-D

GATA disse...

3 MESES?! bolas, é buééé da tempo! eu, ao fim de 24 HORAS, faço juras de amor eterno! :-) NOT!!!

Eu sou apologista de cada 'gato' no seu 'cesto'... de vez em quando trocamos de cestos mas mai' nada!

Poupinhas disse...

Kitty, acho-te correcta na maneira que escreves. Realemnte não entendo os affaires amorosos de hoje em dia, em que dizes tu muito bem no comment "na idade dos 30", efectivamente parece que existe uma pressa desenfreada de viver-se o que entretanto ficou para segundo plano, ou então porque não deu certo. Tenho visto muitos casais perto dessa idade que andam desesperados por mostrar ao mundo que "Eu namoro, eu vivo com o meu/minha namorado/a".. Uma coisa é certa, namorar é tão bom.. outro dia escrevi sobre estar-se sozinho, às vezes custa imenso conseguir-mos a nossa liberdade, o gostar de estarmos sozinhos, até que um dia surge alguém que nos faz questionar e abdicar do bem preciso que é: gostar de estarmos sozinhas e viver em com isso..
Mas é complicado carago!!.. uma coisa é certa, a precipitação (pressa) sempre foi inimiga da prefeição..
Um besito*

Sal disse...

Eu adoro o meu espaço. MEU. Sou incapaz de me precipitar dessa maneira. Mas conheço vários casos assim... o que se há-de fazer? Sermos amigos e avisarmos. Se não ligarem nada, o problema é deles.

Clementine Tangerina disse...

É verdade sim senhora, atiram-se de cabeça e depois querem milagres!

Ana C. disse...

Ai conheço-te há 1 mês e amo-te, tanto, bora aí contrair um empréstimo a 50 anos em conjunto!!! Yupi!!! Mas há maior inconsciência do que esta? Não me parece... Ah espera lá, há sim: Vamos contrair um empréstimo a 50 anos e ter um filho!

ana disse...

Há mais pessoas a fazê-lo do que aquilo que julgamos. Conheço quem o tenha feito e agora acha que foi um erro tremendo, a não repetir.

Sim as pessoas precipitam-se demasiado. E mais, há quem ache que a ponderação é sinónimo de falta de confiança. Isso sim, é o mais grave.

Laidita disse...

Nada com umas férias juntos, bastam uns dias, para se perceber mta coisa. Devia ser como um pré-vamos morar juntos obrigatório. Menos familias se estragavam.

Bjs

Raquel A. disse...

LOL! Tens toda a razão.. Onde anda o bom senso desta gente?

BJS*

Anônimo disse...

Ehehehe, Kitty concordo com tudo o que escreves. Mas acho que o tempo é relativo e depende muito de casal para casal. É o testemunho de quem se juntou depois de 2 meses de namoro e está junto de pedra e cal há 4 anos:).

Lolipop disse...

Eu acho que as coisas podem correr bem como podem correr mal. O tempo de namoro antes de juntarem os trapinhos não e relevante. Tenho uma amiga que namorava há um mês e ligou-me a dizer que ia casar. Pensei que estava doida e no entanto já esta casada há 6 anos. Também tenho amigos que namoraram anos e quando foram viver juntos as coisas não correram bem. São coisas da vida.

Vera Dias António disse...

Gostei do facto de teres referido que "ainda nem passaram férias juntos". Quando namorava com o meu marido há uns seis meses fomos para Marrocos de carro 2 semanas e tudo o que vivemos, de bom e de mau, é um retrato da nossa vida de casados. Juro. As piadas, as implicâncias, as aventuras, a nódoa no banco de trás das ameixas que a minha avó mandou num saco e que esqueci (LOL, é que ele implica com a minha desarrumação). Naquelas 2 semanas ficámos a perceber como seria e o facto de termos regressado juntos e felizes fez-me perceber que ficaríamos felizes forever. Assim sendo, engravidei uma semana depois de regressarmos! E já pensamos no 3.º rebento (não fosse a p**a da crise já estaria a caminho)!

Anônimo disse...

Como disse a Lollipop, as coisas tanto podem correr bem como mal. Mas as probabilidades de correrem mal qdo se conhece uma pessoa há dois ou 3 meses, são muito maiores, do q quando se conhece há mais tempo. Não me venham dizer o contrário, pq n faz sentido. Claro que há sempre as excepções à regra.

Mas Kitty concordo 100% ctg qdo referes no teu comentário q as pessoas na casa dos 30 ficam desesperadas e vão logo a correr viver juntos. É verdade, sobretudo nos meios urbanos isso é cada vez mais notório. Parece q as pessoa já n namoram.

Ana Espírito santo

Anônimo disse...

Resulta bem para uns, para outros não tão bem. Não julgo ninguém só por fazerem algo com que eu possa não concordar, tento sim felicitar quando esperam o meu sorriso pela novidade, e ter lá o ombro caso a coisa corra mal.

Vejo o caso do meu irmão e cunhada que passado uns meses, viviam juntos e passado mais uns poucos compraram casa juntos. Ao fim de oito meses de namoro estavam casados. Agora ao fim de oito anos continuam casados, a minha sobrinha já com 3, e ainda parecem um casal em lua de mel cheios dessas tais borboletas que tantam falam aqui. Correu bem? Sim. Podia ter corrido mal? Sim, podia. Mas ainda bem que arriscaram? Claramente.

Nunca há-de correr da mesma forma para todos, mas quem é que é cada um de nós para dizer aos outros: "É pá não tentes, olha que corre mal depois vens a chorar."? Deixem lá as pessoas arriscar e tentar a sua sorte ao amor. Sei que sou um romântico e o hei-de ser sempre, mas não vejo o mal em alguém querer embarcar com outro numa viagem a dois, mesmo que pareça precipitado aos olhos de quem está de fora, e mesmo aos de que embarcam. E se correr mal? Correu. Também já passei por isso, como a maior parte de nós já passou, e sofri com tal. Custa? Sim. Passa? Eventualmente. Arrependido? Nunca.
A viva vive-se, com ou sem planos, cada qual sabe da sua.

Fausto

Anônimo disse...

Kitty ainda não lhe disse, mas descobri o seu blogue na Sexta-feira e desde que o descobri já não passo sem vir cá. Ah e li-o de enfiada desde o início. Muitos parabéns. É viciante.

An Espírito Santo

sweetie disse...

Nunca consegui perceber essas pessoas, que meia dúzia de dias depois de começarem uma relação, agem como se a coisa durasse pra sempre.. sabem lá! Não se conhece verdadeiramente ninguém em anos, quanto mais em meses! Geralmente, decisões precipitadas não levam a lado nenhum.. *

Unknown disse...

Muito actual o post.È que esta gente (que dá por nome de amigos)só se lembram de nós nestas alturas, pois no auge do romance "morrem" para os amigos e vida social, depois é vê-los ai a bater-nos à porta.B

Rubi disse...

Tambem nao tenho pachorra nenhuma para situacoes dessas. Parecem que crescem mas continuam sempre a acreditar no pai natal. Como dizes, passem ferias, passem dias na casa de um e de outro, e depois logo se ve. Beijos

Isabel disse...

Ah, como eu concordo contigo! Em tudo, até na situação em que só se lembram de nós quando a coisita dá para o torto e depois temos que engolir o "I told you so" que está na ponta da língua!

Anônimo disse...

Tens razão. Eu tenho 24anos (recentes) e como vivo sozinha desde que estudo fora, tornei-me um pouco 'egoísta', gosto cada vez mais do meu espaço, das minhas coisas... As pessoas agem por impulso e depois...pois é! Elsas Raposo e respectivos é o que não falta por ai. Enfim!

Já agora. É "concerteza" e não com certeza! :)

Kitty Fane disse...

Agradeço a correcção. Mas não faz qualquer sentido, uma vez que "concerteza" não existe. Existe sim, com certeza. antes de corrigir é bom que se tenha a certeza do que se vai dizer. :-)

ana disse...

A Kitty escreveu bem. É "com certeza" e não "concerteza"

Teresa Gaudêncio Santos disse...

Eu conheço quem se tenha juntado ao fim de duas semanas, e esteja junto há muito tempo. Assim como conheço quem tenha namorado anos, e quando se juntou nem 3 meses durou!

O tempo é relativo. Importa sim mantermos a nossa indepêndencia em paralelo (nada de vender o que é nosso, ou deixar de lado os nossos planos) e termos a maturidade para assumir o que correr eventualmente mal, sem nos atirarmos depois às choradeiras!

Beijinhos e boa semana!
T

I. disse...

Errr... depende. Nós juntámos os trapinhos depois de um mês e pouco, e já lá vão três anos e meio. Depois de uns fins de semana juntos, já tínhamos algumas certezas. Foi um "ajuntamento" relâmpago, é verdade, pode não resultar para todos, sim senhora, mas se não se arrisca também se pode não petiscar.

Já agora, porque não ficarem uns tempos numa das casas, e só depois decidir vender? Muito melhor, e o mercado de arrendamento até está bonzinho, sempre se ganham uns cobres para pagar o empréstimo. Agora ficar sem tecto de um dia para o outro é muito insensato.

Jade disse...

São as chamadas relações instantânas, pouco diferem dos pudins com o mesmo nome. Mas que há algumas que são certo, há! Não deixo de ficar surpreendida, mas qdo não dão certo....meu deus, ninguém os/as aturo (a)....lol

Solidao Atarefada disse...

É curioso como vêm esta situação sempre do ponto de vista negativo..pode resultar como também pode não resultar. O factor tempo, no meu ponto de vista, nao conta absoutamente para nada. Um ponto de vista demasiado analítico e racional, pode impedir a vivência do verdadeiro sentimento da paixao e do amor. Não condeno quem arrisque. E se alguem dos meus arriscar e se der mal, estarei cá para o que for preciso. Se correr bem, tanto melhor.

Marina disse...

Finalmente alguém da minha opinião!
Não percebo aquela gente que passado uns meses se junta, se casa e têm putos! E sim, dizes bem, isso nota-se mais aos 30, é tudo demasiado depressa. Talvez seja mesmo o medo de ficarem sozinhos... Mas mais cedo ou mais tarde hão de ficar mesmo sozinhos, portanto vai dar tudo ao mesmo!

Juanna disse...

Isso mesmo! Conheço algumas tolas do estilo. Aqui em casa foram precisos 3 anos para dar o passo de viver juntos, 4 para casar e 5 para o filho que está agora dentro da minha barriga. E mesmo assim eu tenho dúvidas!

Anônimo disse...

A intimidade não surge por as nossas escovas de dentes partilharem o mesmo copo. E a pressa acaba com o romance! Posso já ter sofrido umas quantas desilusões, mas não é por isso que vou ser pragmática no amor. Não vale a pena! Ir logo viver junto ou comprar casas é acabar com a "fase de experiência" que é o namoro. A fase da descoberta, dos ajustes... Poe muito mais pressão para as coisas darem certo o que normalmente tem o efeito contrário...

Anônimo disse...

Claro que depende dos casos...
Mas cá para mim, nós vamos passando férias, que até têm corrido bem, temos partilhado muita coisa, mas "o passo", ainda não é para já. Há-de ser, esperamos, se tudo continuar de vento em popa. Mas por enquanto, e já são bem mais do que 3 meses de namoro, prefiro prezar-nos em separado, prezar os amigos, comuns e não comuns... Mas conheço casos diferentes, tudo depende :)

Precis Almana disse...

E que tal ficarem cada um na sua casinha para sempre? É o meu sonho. Até porque já não vou ter filhos mesmo.
Mas é "muito à frente", pelos vistos... :-S

Maria disse...

É a tal coisa. Cada caso é um caso.. Nunca há duas maneiras iguais de viver esse "amor".

Por opção, não sou assim..Nada precipitada, demasiado racional até...
bjnhoo.

Pulha Garcia disse...

Cara Kity Fane,

Penso como tu, mas acho muito bem que se atirem de cabeça quem quiser. Só se vive uma vez e os instintos muitas vezes batem certo.

Frutinha (Desabafos e Coisas) disse...

Lool. Tambem acho o mesmo, hoje em dia namoram meia duzia de meses e vai dai vao morar juntos. Eu cá namoro ja a uns bons pares de anos.. Sou old fashion! lol

Madalena disse...

Bem...acho que cada um é que sabe da sua vida e corre os riscos que entender...de toda a maneira "quem não arrisca não petisca" :D

Anônimo disse...

Epá! Ainda há gente que pensa como eu!

Escreves exactamente o que penso!

Precipitam-se, e depois é q se lembram que há mais gente no mundo.

Viva a nós, as Cautelosas e Independentes!

T disse...

AHAHAHAHAH


é VERDADE!!!

Trintão disse...

Eu penso da mesma forma que tu mas já aprendi a nunca dizer "nunca".

Não critico as pessoas que fazem isso mas a mim parece-me um grande erro...

Bem, mas eles lá sabem! Já a fase da choradeira... Poupem-nos! :)

Anônimo disse...

Os verdadeiros amigos estão sempre lá para festejar as coisas que correm bem e para ajudar quando algo corre mal. Não há prazos para decidir ir viver com outra pessoa. Só se vive uma vez. Que seja intensamente!

Anônimo disse...

Olá Kitty!
Tenho que concordar, não acredito em "amores relampago".
Ainda me faz confusão alguém decidir que encontrou a verdadeira alma-gémea em três tempos.
Ou estamos perante uma novela da TVI ou de alguém que ainda acredita nas histórias da Disney.
É tal como na estrada, por mais que a adrenalina nos leve a cometer grandes loucuras, o melhor é mesmo ter: prudência!
Beijo

Random Blogger disse...

urrr tens toda a razão! odeio esta gente que mal se conhecessem e são logo os amores das suas vidas. é ridículo, oh gente nós agora até vivemos mais tempo!! não há que apressar!xD looool

S disse...

Concordo plenamente!!! è exatamente assim que tudo acontece... As pessoas nem dão um tempo para se conhecerem e já vão logo morar juntas, vivem o momento intensamente, esquecem-se dos amigos, lembrando-se deles apenas quando as coisas vão mal. É uma pena!

Bárbara Vieira disse...

Bem...felizmente não há regras sem excepção e embora podendo concordar, na generalidade, com o que dizes, eu sou a excepção. Ao fim de 4 meses de namoro (há seis anos atrás) comecei a viver com aquele que é recentemente o meu marido. Vivemos juntos 5 anos antes de ele me pedir em casamento e somos felizes como no início ;)

IandU disse...

Cada vez mais chego à conclusão que as pessoas não sabem estar sozinhas. Não procuram um namorado/a, procuram uma companhia. Em três meses não se conhece assim tão bem uma pessoa. Mas isso sou eu que sou complicado com essas coisas.