sexta-feira, 4 de março de 2011

Das mães especiais

 Claudia Shiffer e os filhos

Os Fanning (pais da Elle e da Dakota) lembram-me uma mãe que nós temos lá na escola, e a quem, inconscientemente, incentivamos a ter mais filhos (ao contrário de outras que, ao invés de serem mães, porque não sabem ser mães, nunca souberam ser mães, a única coisa que fizeram foi estragar crianças que puseram no mundo, e deveriam todas fazer laqueação de trompas, porque todos sabemos que ser mãe não é só ter filhos e não é justo fazer o que elas fazem).

Bom, mas ia eu falar desta mãe, sempre sorridente, sempre simpática, sempre bem disposta, apesar das agruras da vida, e sobretudo do filho que perdeu. Nunca se esquece um filho que se perde, e de certeza que os seus outros três maravilhosos filhos não ajudam a preencher aquele vazio que ficou. Esse vazio ficará lá sempre. Por isso, esta mãe ainda é mais especial do que possamos imaginar. E das mães especiais temos sempre de falar. Porque ninguém cria três, eram quatro, filhos daquela maneira, sem ser especial. Sobretudo porque o faz sozinha, o pai está lá longe, a viver já com outra família, com outros filhos. E o facto de o fazer sozinha ainda me faz admirá-la mais.

A Maria (vamos chamar-lhe Maria) foi minha aluna durante quatro anos. E não me lembro de ter tido uma aluna que reunisse tudo aquilo em que nós pensamos quando queremos descrever o aluno ideal. Inteligente, muito inteligente, com uma cultura acima da média para a sua idade, trabalhadora, educada, do mais educado que possam imaginar, meiga. Todos os outros alunos a adoravam, não por ser bonita, como é usual nestas faixas etárias, os mais bonitos e mais desenrascados são sempre os mais populares, mas por ser exemplar para toda a gente, até para eles que sabiam ver que a Maria era mesmo muito especial e se destacava a olhos vistos de todos os outros meninos.

E como a Maria já passaram mais dois filhos daquela mãe sorridente pela minha escola, igualmente inteligentes, igualmente educados, igualmente exemplares.

12 comentários:

Blue - Girl disse...

E não pode ser por acaso... ;)
Parabéns à mãe da "Maria".

Juanna disse...

Não, não é por acaso. Boa, mãe da Maria. E boa Kitty, por saberes reconhecer isso num mundo em que a boa educação é tão pouco valorizada. Aposto que a mãe da Maria gostou de ouvir isso.

Helena Barreta disse...

Parabéns à "Maria" e aos irmãos que tão bem receberam a educação dada pela mãe. Parabéns à super mãe. Felicidades.

Beijinhos

Lima e Tequilla disse...

Já há poucas pessoas assim... =) Parabéns à Maria.

Sonhadora disse...

Eu sei de casos desses. Na minha escola tenho uma aluna especial. Linda, mas este ponto é irrelevante e extremamente educada. Vive só com o pai,( a mãe está algures no estrangeiro), mas deu-lhe uma educação esmerada. Além de boa aluna é de uma educação e meiguice privilegiadas. Mas também, infelizmente, temos o reverso da medalha. O caso de um aluno que respondeu com palavrões ao professor de Musica, chamando-lhe nomes obscenos(isto uma criança de 9 anos). O professor aplicou-lhe um castigo. A mãe ao saber insurgiu-se e diz que o filho devia ter chamado ainda mais nomes e que ao filho dela ninguém castiga...enfim...Palavras para quê?

Fashion Faux Pas disse...

Quem me dera conseguir educar o meu filho, mas não consigo. Por mais que me esforce, a personalidade dele é mais forte do que eu, ainda bem que só tive um filho porque com a incapacidade que tenho para ser mãe, ui ui... imaginem se tivesse mais!! é tão fácil julgar de fora. Sem saber a vida das pessoas. É que uma reunião de pais por período escolar não cgeha para saber quem são de facto aquelas mães. Mas Kudos ás mães das Marias deste mundo, na verdade eu almejo ser uma mãe perfeita assim.

Anônimo disse...

A receita, ninguém me a dá?

Maria Santos disse...

É muito bom termos a sorte de conhecermos pessoas assim. A mim dão-me lições de vida! Obrigada pór este post.

Dé Carvalho disse...

Mulheres de coragem! Que tem o dom de moldar o caracter dos seus filhos e os instruir da melhor forma!

Caixa disse...

Depois não venham dizer que não é a educação que se lhes dá que os faz assim! :)

C. * J. disse...

Não sou mãe, e ainda sou nova para o ser, no entanto como hoje de manhã debati este assunto com uma grande amiga venho aqui manifestar a minha opinião.
Concordo que a educação ocupa um grande papel no desenvolvimento das crianças, mas não é só, qual a explicação para duas crianças que receberam a mesma educação agirem de formas completamente diferentes? Esta discussão é acesa nos nossos dias, bem como factor da inteligência, entre outros, será o meio? será a educação? será a genética? será uma mistura equilibrada? são tantas as perguntas, e tantos os factores a ter em conta, que a relação entre ser boa ou má mãe e a educação, ou sucesso escolar, ou outro, não é de todo linear.
Se bem que, e sem ter conta todos estes estudos e novas conclusões de hoje em dia, quando olho para uma criança 'endiabrada' a fazer uma senhora birra só me ocorre pensar que aqueles pais não os souberam educar devidamente, pois caso contrário não estaria a presenciar tal espectáculo. Mas claro, no fundo sei que às vezes não é só isso, porque já não encontro resposta para a diferença óbvia encontrada frequentemente entre irmãos.
Gosto bastante do blog, os meus parabéns :)

Pinky disse...

Ser mãe é uma tarefa muito exigente e há muitas mães que a fazem valer a pena, pela forma extraordinária como educam as suas crianças.